Uma das formas que utilizamos para comunicar é
através da fala, isto é, das palavras. Toda palavra quando pronunciada,
transmite uma mensagem acompanhada de certo nível de energia, e esta energia,
dependendo da forma como é exteriorizada, poderá gerar consequências imprevisíveis,
tanto para quem emite, quanto para quem ouve. A energia transmitida pelas
palavras pode ser positiva ou negativa, razão pela qual ao pronunciar uma
palavra, é necessário avaliar impactos e influencias sobre terceiros. Muitas
pessoas utilizam as palavras para transmitir alegria, otimismo e esperança e a
presença dessas pessoas em qualquer ambiente, geralmente o contamina construtivamente.
São pessoas alegres, que vivem positivamente e transmitem progresso e otimismo.
Ao contrário, pessoas pessimistas, que vivem reclamando, lastimando, criticando
de forma negativa, transmitem negatividade ao expressarem. São visivelmente
tristes e mal humoradas, muitas infelizes.
Escolher a palavra certa para ser dita na hora
certa, é um exercício muitas vezes considerado obscuro e incerto, uma vez que,
não são raras as pessoas só se conscientizarem do que falaram, depois de já
terem se expressado verbalmente. Essa inconsciência verbal pode ser
interpretada como um agente conciliador, de amizade, de lucidez, de
agressividade e muitos outros adjetivos, dependendo da forma como a
exteriorização da mensagem foi elaborada. Assim, muitas palavras ou frases
expressas são mal interpretadas, gerando resultados inconsequentes e às vezes constrangedores.
Não é de agora que o Presidente Bolsonaro tem se
expressado de forma a gerar interpretações controversas sobre aquilo que
realmente quer exteriorizar. Claro que ocorreram interpretações e entendimentos
distintos quando chamou de “idiotas úteis” e massa de manobra, as manifestações
sobre o contingenciamento na educação, bem como mais recentemente, foi mal
interpretado e está gerando muita polêmica sua declaração sobre dois governadores
do Nordeste, quando inadvertidamente expressou para Onyx Lorenzoni “O governo
de Paraíba (com referência a João Azevedo Lins Filho do PSB), é pior que esse
do Maranhão (Flávio Dino do PC do B). Não tem que ter nada com esse cara”. Como
dito, as palavras têm certo grau de energia, atuando de forma positiva ou
negativa, necessitando portanto de muito critério e coerência quando
exteriorizadas, principalmente quando o agente é um Presidente da República.
Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com