Vivemos momentos históricos e de muita
incerteza, com a turbulência que vem assolando o MEC - Ministério da Educação,
nestes três primeiros meses do atual governo. Se dentre os ministérios, a administração
federal tiver que priorizar uma pasta, essa não pode ser outra, senão o
Ministério da Educação, responsável direto pela formação de todos os
brasileiros, desde a educação infantil até o pós-doutorado. Todavia, essa
importância parece não se aflorar na atual gestão do órgão máximo da educação
brasileira, considerando as articulações tempestuosas e às vezes incoerentes, investidas.
São atropelos e desmandos que demonstram claramente falta de gestão. Os
brasileiros nunca estiveram tão ansiosos como agora, pelas mudanças, e muitas, que
precisam ser implantadas, razão pela qual são benvindos todos os projetos que modifiquem
procedimentos e leis, com fins de aprimoramento da nossa constituição,
logicamente postulando pela competência dos congressistas para avaliar com muito
critério esses projetos, de tal forma que, a transição e implementação dos
mesmos, se faça sem prejuízo no andamento e desenvolvimento de serviços de
qualidade e eficiência ora prestados à sociedade. Para tal, nossos valorosos legisladores
precisarão identificar e reconhecer esses projetos e proceder a sua
substituição se for o caso, de forma gradativa, sem prejuízo à sociedade.
Não me cabe julgar se ao escolher o
colombiano Ricardo Vélez Rodrigues para Ministro da Educação, o Presidente
Bolsonaro cumpria seu compromisso de fazer escolhas técnicas para os cargos do
governo. Todavia, depois que assumiu a pasta, Vélez tem acumulado erros
sucessivos, como por exemplo, o pedido para que as escolas filmassem os alunos
cantando o Hino Nacional e mais recentemente a decisão de adiar para 2021 a
avaliação da alfabetização. Ambas foram decisões impensadas, de quem não tem
nenhum conhecimento técnico sobre a educação brasileira Qualquer decisão que se
toma neste país sobre educação, repercute rapidamente entre os educadores,
secretários estaduais e municipais, com consequências imprevisíveis. Essas e
outras decisões, provocaram uma série de demissões, dentre elas a do presidente
do INEP Marcus Vinicius Rodrigues, da Secretária de Educação Básica Tânia Leme,
do secretário executivo Luiz Antônio Tozi, da diretora de formação Lolene Lima
e outros. A importância do tema “educação” por si só transcende à capacidade
intelectual e formativa de seus gestores que a ela devem reverenciar-se e
prestar homenagens. Quero e preciso entender que a atual crise no MEC é um
presságio temporário que agoniza a gestão do Ministério, uma vez que a mesma, não pode persistir, sob pena de
colocar em jogo um dos bens mais importantes do povo brasileiro; a educação.
As avaliações do SAEB acontecem de dois em
dois anos no Brasil e visam avaliar a educação básica como um todo. Trata-se,
portanto, de uma pesquisa com informações relevantes para uma tomada de
decisões sobre o ensino infantil, fundamental e médio, verificando dentre
outras variáveis, o nível de aprendizado dos alunos, visando o sua formação
para os níveis da educação superior. Como se trata do nível de escolaridade mais
importante da educação brasileira, temos a oportunidade de analisar o desempenho
e desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes, não só preparando-as para
o nível superior, mas também como uma fase de muita aprendizagem para a vida.
Geraldo
Ferreira da Paixão
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