sábado, 5 de setembro de 2020

LIDANDO COM O ABSENTISMO ESCOLAR


En marcha el programa piloto del Plan Contra el Absentismo Escolar en  Manzanares – ValdeREC

O absentismo ou absenteísmo é uma ausência temporária ou definitiva causada por motivos diversos os quais, seguramente, influem no desenvolvimento e formação de uma pessoa. Significa o descumprimento de regras e regulamentos previamente acordados, não importando o ambiente de inserção no qual o absentismo se aplica. Pode dessa forma ocorrer no trabalho, na escola, na rua, no clube, ou em qualquer lugar e por motivos diversos, os quais demandam análises e estudos complexos de forma a inverter os resultados adversos, ocasionados pelas ausências e faltas no processo. Nesse contexto, situa-se o absentismo dentro das escolas, objeto de preocupações de gestores da educação, docentes e familiares.

 Não se trata somente de um problema social, pode ser financeiro, físico, de relacionamento com outras crianças, de relacionamento com a família e outros.  Quem de nós não se ausentou um dia da sala de aula sem a devida autorização do professor, pressupondo que tal fato não representaria tanto para nossa formação? Qualquer ausência à aula representa uma perda para o aluno, principalmente quando ocorre por longo tempo. Nesse caso, podem ocorrer implicações graves com as seguintes consequências:

a)    Queda no ritmo de aprendizagem;

b)    Irresponsabilidade e descompromisso dos envolvidos;

c)    Queda no rendimento escolar, podendo levar o aluno à desmotivação total pelo ensino;

d)    Abandono e fracasso escolar.

 O absentismo apresenta ainda alguns graus de dificuldades tais como:

a)    Impontualidade;

b)    Intermitências;

c)    Saídas do recinto em horário de aula;

d)    Ação direta de interferência com colegas de sala;

e)    Afeta os setores de maior marginalidade;

f)     Irresponsabilidade dos responsáveis;

g)    Constitui-se no primeiro passo para a marginalidade;

h)    Pode ser um problema físico-social da criança;

 Um simples problema educacional pode, portanto, se tornar a médio ou longo prazo, um grande problema social, cujo tratamento exigirá mais recursos financeiros da família, da União, mais dedicação da escola, dos professores, dos pais e da sociedade para a recuperação do aluno.

 Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

sábado, 4 de julho de 2020

CONSEQUÊNCIAS DO RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E GESTORES DA EDUCAÇÃO



Um dos grandes problemas das instituições de ensino é o relacionamento entre professores e gestores da educação. As dificuldades de reconhecimento e desempenho das instituições pela comunidade, passam muito pelo relacionamento de seus profissionais. Quando os pais procuram uma instituição para matricular seus filhos, normalmente o fazem na instituição comprovadamente reconhecida. Mas enfim, o que leva a instituição de ensino a obter este reconhecimento?
Como inserir o trabalho em equipe entre os professores
De uma forma geral, a instituição de ensino é como uma organização organizada e devidamente constituída, com seus problemas e desafios e dever social bem definido. Em qualquer unidade de ensino, a direção e gestão pedagógica, devem ambicionar objetivos claros que, se ignorados, podem levar a instituição ao insucesso. O relacionamento entre gestores e professores é sem dúvida, a mola mestra para alavancar o reconhecimento da instituição no ambiente que atua. Bons gestores e bons professores conduzem a instituição à eficácia nos resultados de aprendizagem e, em consequência, aumenta o conceito da instituição com a sociedade.

Uma boa gestão começa sempre no planejamento, com definição das diretrizes, seja na estrutura administrativa, no zelo pela qualificação pedagógica, no respeito à estrutura curricular de cursos, à comunidade acadêmica e à sociedade como um todo. A força da estrutura consiste na vigília dessas variáveis, porém o reflexo da boa gestão começa com o estreito relacionamento entre diretores e professores, os quais devem desenvolver um trabalho em equipe, com muito respeito mútuo. Uma gestão de resultados implica na manutenção de uma boa relação interpessoal com toda a equipe, compartilhando lideranças e responsabilidades.

Pensar que os professores possuem super poderes é uma imagem errônea. Assim como todo profissional, o docente tem preocupações e sentimentos muitas vezes não compreendidos por alunos, colegas e gestores da educação. Reuniões entre professores, gestores e coordenadores aproximam esses profissionais, facilitam o relacionamento da equipe e novas ideias e sugestões estratégicas coesas fortalecem as atividades internas e externas. A comunicação é um elo importante de ligação e para isso, devem ser utilizados todos os recursos técnicos, materiais e humanos disponíveis,   

Enfim, o bom relacionamento entre professores, administrativos e gestores da educação, refletirá nos resultados da instituição. Toda a equipe deve atuar em conjunto, mas especificamente, professores e gestores têm o dever de atuar num só objetivo, focando as ações indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento da equipe de educadores e da instituição como um todo. Bons professores tornam a instituição reconhecida entre os alunos e seus pais, aumentado a cada dia o marketing da escola. Por outro lado, professores menos qualificados não são reconhecidos pelos discentes, muito menos pelos pais, representando alto risco de macular o reconhecimento da escola na comunidade.    

Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

quinta-feira, 25 de junho de 2020

ENSINO EXPLÍCITO – UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA




Segundo o escritor e professor Clermont Gauthier[1] da Universidade de Laval de Quebec no Canada, o Ensino Explicito é uma abordagem pedagógica fundamentada na psicologia cognitiva, que torna os alunos suficientemente preparados para a sala de aula. Significa tornar explícito o que é implícito, utilizando uma tripla estratégia: a modelagem, a prática guiada e a prática autônoma. Na modelagem o professor deverá deixar explícito o que quer que os alunos aprendam; na prática guiada, o professor deverá dispor práticas e exercícios para os alunos e acompanha-los na atividade; por fim o docente deverá desenvolver nos alunos um nível de autonomização capaz de permitir o trabalho autônomo.
A importância da instrução explícita na escola - NeuroSaber

Na teoria do Ensino Explícito quando a “Memória de Trabalho” (memória de curto prazo) está sobrecarregada, a aprendizagem fica prejudicada e o aluno não absorve o conhecimento. Por exemplo, se o professor tem o hábito de falar muito, a capacidade de ouvir dos alunos pode ficar limitada e sua Memória de Trabalho se sobrecarrega. De acordo com trabalho desenvolvido pelo pesquisador Jonh Sweller[2], quando a Memória de Trabalho do aprendiz estiver sobrecarregada, torna-se necessário a divisão da informação em partes mais simples para assegurar sua transferência correta para a Memória de longo prazo, onde essas partes são organizadas. Para Sweller, o professor deve separar o saber do mais simples ao mais complexo, permitindo uma maior aprendizagem dos alunos. Assim a psicologia cognitiva se afasta do construtivismo atual da ideologia pedagógica.

O Ensino Explícito proporcionou o que os estudiosos denominaram de “Bom professor” que resumidamente é aquele que utiliza de didáticas e estratégias capaz de fazer os alunos aprenderem. Gauthier afirma que, “tornar explícito o que é implícito também significa que os alunos não chegam na sala de aula com a mente vazia”.
  
Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com


[1] - CLERMONT Gauthier é Professor Titular do Departamento de Estudos sobre o Ensino e a 2da Cadeira de Pesquisa do Canadá em estudos para a Formação de Professores da Universidade Laval (Quebec) e membro fundador do Centro de Pesquisa Interuniversitária para a Formação e a Profissão Docente (CRIFPE).
[2] - SWELLER, J.; van Merrienboer, J.; & Paas, F. (1998). Cognitive architecture and instructional design. Educational Psychol Review, 10, 251-296.  

segunda-feira, 15 de junho de 2020

SISTEMA DE ENSINO PÚBLICO BRASILEIRO



O sistema de ensino público brasileiro é composto de quatro níveis: infantil, fundamental, médio e superior. Além desses níveis temos outras quatro modalidades de ensino, tais como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Educação profissional ou técnica, a Educação especial e a Modalidade de ensino à distância - EaD  Todo esse conjunto de níveis do sistema nacional  foi estabelecido pela Lei 9.394/96 de diretrizes e  bases da educação brasileira, que definiu entre outras a finalidade, organização e responsabilidades em todos os seus níveis.
O ensino público no Brasil: ruim, desigual e estagnado - ÉPOCA ...
O primeiro nível é o ensino infantil, para crianças de 3 a 5 anos. Colocar a criança na escola antes do momento exigido por lei se tornou uma prática comum, principalmente quando os pais trabalham fora e não têm muito tempo para se dedicar à sua educação. Para os pequenos, trata-se de uma fase difícil por ficar fora de casa sem a presença dos pais. Todavia, com o passar do tempo a criança vai se acostumando com o novo ambiente, com o convívio com outros colegas e professores. Começa então a praticar a cidadania, a vivenciar com a sociedade, e isso contribui para alavancar seu potencial de aprendizagem, despertando nela a curiosidade pela leitura tão essencial a formação de um adulto crítico. A escola promove o desenvolvimento social da criança com aplicação de técnicas pedagógicas modernas no processo de aprendizagem. Há necessidade de uma interação consciente entre escola, professores, pais e alunos para que os objetivos sejam alcançados. O ambiente da sala de aula tem que contribuir para o desenvolvimento da criança, de tal forma que ela sinta o prazer de ser aluno e de estar alí. Quando a criança sente na sala como se estivesse em casa, o seu desempenho é notável, levando-a a alcançar melhores resultados de aprendizagem.

O segundo nível é o ensino fundamental para crianças de 6 a 14 anos. É um nível intermediário com nove anos de estudo. A criança estuda do 1º ao nono ano e trata-se de uma fase de muita relevância para o aprendizado. A criança começa a se despertar como pessoa, assumindo sua personalidade, razão pela qual é indispensável o acompanhamento dos pais e responsáveis no seu desenvolvimento.

O terceiro nível é o ensino médio, para adolescentes de 15 a 17 anos. O aluno nesse nível está completando o ciclo do ensino básico compreendido pelos ensinos infantil, fundamental e médio. O foco do aluno no último ano do ensino médio é a preparação para os vestibulares ou prova do ENEM que o conduzirá à universidade.

 Por fim temos o nível superior. Os estudantes que aqui chegam, carregam o  sonho de concluir um curso superior e obter o tão sonhado diploma, que poderá leva-lo a uma melhor colocação no mercado de trabalho. Após a conclusão do nível superior, o graduando poderá fazer uma pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Assim como diz o provérbio português “O saber não ocupa lugar”, não há limites para a capacidade e inteligência humana.

O sistema de ensino publico brasileiro é composto ainda por quatro modalidades; a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para estudantes do ensino fundamental e médio; a Educação profissional ou técnica, a Educação especial e a Modalidade de ensino à distância – EaD. O ensino à distância é destaque no Brasil e no mundo na atualidade e as demais modalidades são aplicadas principalmente nos centros e institutos de educação federal.      

Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

LIBERAÇÃO DO PIS/PASAEP

COMO LER OS ARTIGOS PUBLICADOS NO "BLOG PROCURE E ACHE" DE GERALDO PAIXÃO

 Você que me aqcompnha através do meu blog "PROCURE E ACHE" pode agora ler todos os artigos que já publiquei, bem como comentar, c...