quinta-feira, 25 de junho de 2020

ENSINO EXPLÍCITO – UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA




Segundo o escritor e professor Clermont Gauthier[1] da Universidade de Laval de Quebec no Canada, o Ensino Explicito é uma abordagem pedagógica fundamentada na psicologia cognitiva, que torna os alunos suficientemente preparados para a sala de aula. Significa tornar explícito o que é implícito, utilizando uma tripla estratégia: a modelagem, a prática guiada e a prática autônoma. Na modelagem o professor deverá deixar explícito o que quer que os alunos aprendam; na prática guiada, o professor deverá dispor práticas e exercícios para os alunos e acompanha-los na atividade; por fim o docente deverá desenvolver nos alunos um nível de autonomização capaz de permitir o trabalho autônomo.
A importância da instrução explícita na escola - NeuroSaber

Na teoria do Ensino Explícito quando a “Memória de Trabalho” (memória de curto prazo) está sobrecarregada, a aprendizagem fica prejudicada e o aluno não absorve o conhecimento. Por exemplo, se o professor tem o hábito de falar muito, a capacidade de ouvir dos alunos pode ficar limitada e sua Memória de Trabalho se sobrecarrega. De acordo com trabalho desenvolvido pelo pesquisador Jonh Sweller[2], quando a Memória de Trabalho do aprendiz estiver sobrecarregada, torna-se necessário a divisão da informação em partes mais simples para assegurar sua transferência correta para a Memória de longo prazo, onde essas partes são organizadas. Para Sweller, o professor deve separar o saber do mais simples ao mais complexo, permitindo uma maior aprendizagem dos alunos. Assim a psicologia cognitiva se afasta do construtivismo atual da ideologia pedagógica.

O Ensino Explícito proporcionou o que os estudiosos denominaram de “Bom professor” que resumidamente é aquele que utiliza de didáticas e estratégias capaz de fazer os alunos aprenderem. Gauthier afirma que, “tornar explícito o que é implícito também significa que os alunos não chegam na sala de aula com a mente vazia”.
  
Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com


[1] - CLERMONT Gauthier é Professor Titular do Departamento de Estudos sobre o Ensino e a 2da Cadeira de Pesquisa do Canadá em estudos para a Formação de Professores da Universidade Laval (Quebec) e membro fundador do Centro de Pesquisa Interuniversitária para a Formação e a Profissão Docente (CRIFPE).
[2] - SWELLER, J.; van Merrienboer, J.; & Paas, F. (1998). Cognitive architecture and instructional design. Educational Psychol Review, 10, 251-296.  

segunda-feira, 15 de junho de 2020

SISTEMA DE ENSINO PÚBLICO BRASILEIRO



O sistema de ensino público brasileiro é composto de quatro níveis: infantil, fundamental, médio e superior. Além desses níveis temos outras quatro modalidades de ensino, tais como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Educação profissional ou técnica, a Educação especial e a Modalidade de ensino à distância - EaD  Todo esse conjunto de níveis do sistema nacional  foi estabelecido pela Lei 9.394/96 de diretrizes e  bases da educação brasileira, que definiu entre outras a finalidade, organização e responsabilidades em todos os seus níveis.
O ensino público no Brasil: ruim, desigual e estagnado - ÉPOCA ...
O primeiro nível é o ensino infantil, para crianças de 3 a 5 anos. Colocar a criança na escola antes do momento exigido por lei se tornou uma prática comum, principalmente quando os pais trabalham fora e não têm muito tempo para se dedicar à sua educação. Para os pequenos, trata-se de uma fase difícil por ficar fora de casa sem a presença dos pais. Todavia, com o passar do tempo a criança vai se acostumando com o novo ambiente, com o convívio com outros colegas e professores. Começa então a praticar a cidadania, a vivenciar com a sociedade, e isso contribui para alavancar seu potencial de aprendizagem, despertando nela a curiosidade pela leitura tão essencial a formação de um adulto crítico. A escola promove o desenvolvimento social da criança com aplicação de técnicas pedagógicas modernas no processo de aprendizagem. Há necessidade de uma interação consciente entre escola, professores, pais e alunos para que os objetivos sejam alcançados. O ambiente da sala de aula tem que contribuir para o desenvolvimento da criança, de tal forma que ela sinta o prazer de ser aluno e de estar alí. Quando a criança sente na sala como se estivesse em casa, o seu desempenho é notável, levando-a a alcançar melhores resultados de aprendizagem.

O segundo nível é o ensino fundamental para crianças de 6 a 14 anos. É um nível intermediário com nove anos de estudo. A criança estuda do 1º ao nono ano e trata-se de uma fase de muita relevância para o aprendizado. A criança começa a se despertar como pessoa, assumindo sua personalidade, razão pela qual é indispensável o acompanhamento dos pais e responsáveis no seu desenvolvimento.

O terceiro nível é o ensino médio, para adolescentes de 15 a 17 anos. O aluno nesse nível está completando o ciclo do ensino básico compreendido pelos ensinos infantil, fundamental e médio. O foco do aluno no último ano do ensino médio é a preparação para os vestibulares ou prova do ENEM que o conduzirá à universidade.

 Por fim temos o nível superior. Os estudantes que aqui chegam, carregam o  sonho de concluir um curso superior e obter o tão sonhado diploma, que poderá leva-lo a uma melhor colocação no mercado de trabalho. Após a conclusão do nível superior, o graduando poderá fazer uma pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Assim como diz o provérbio português “O saber não ocupa lugar”, não há limites para a capacidade e inteligência humana.

O sistema de ensino publico brasileiro é composto ainda por quatro modalidades; a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para estudantes do ensino fundamental e médio; a Educação profissional ou técnica, a Educação especial e a Modalidade de ensino à distância – EaD. O ensino à distância é destaque no Brasil e no mundo na atualidade e as demais modalidades são aplicadas principalmente nos centros e institutos de educação federal.      

Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

quinta-feira, 11 de junho de 2020

DESAFIOS DAS AULAS ONLINE



Com a pandemia do coronavírus as escolas optaram pelo ensino online que altera completamente a rotina de professores, alunos e pais. Enquanto os docentes se adaptam no planejamento escolar com a nova metodologia, os alunos buscam se adaptar a tantas mudanças e dificuldades na aprendizagem, agora estudando em casa. Alunos que dispõem de celular, tablet ou computador têm acesso às aulas e material didático em tempo real, porem alunos sem essa conectividade, isto é, sem acesso às tecnologias recebem todos os materiais impressos através da escola e a resolução dos exercícios e entrega dos trabalhos segue um cronograma previamente definido.

Rede de ensino de inglês para crianças aposta em atividades ...
A partir do dia 18/05/2020 o Estado de Minas Gerais através da Secretaria de estado de Educação - SEE, lançou oficialmente o programa de ensino online, e disponibilizou na Rede Minas de Televisão através do programa “Se Liga na Educação”  todas as manhãs de segunda à sexta feira, o conteúdo das aulas .As escolas receberam da SEE as apostilas correspondentes para entrega aos alunos que não têm acesso a internet e não dispõem dos recursos tecnológicos. O sistema dispõe ainda do aplicativo “Conexão Escola” para dispositivo móvel no qual constam todo o conteúdo ministrado nas aulas online para eventual consulta.

Para os alunos de classe mais alta, a transição vem sendo tranquila com algumas dificuldades na forma didática aplicada pelos professores e dificuldades no feedback para os alunos. Muitos professores não estavam preparados para as aulas e tiveram que passar por um treinamento específico. Passar o conteúdo através do sistema online não é o grande problema. Difícil é o retorno do aluno e essa é uma das grandes dificuldades do sistema. Os alunos alegam que sem o professor para ajuda-los presencialmente, o aprendizado do conteúdo fica bem mais complicado. Para disciplinas como matemática e física por exemplo, as aulas ficam mais difíceis ainda – alegam os alunos..

O professor em qualquer sistema de ensino precisa dominar o conteúdo que está ministrando, bem como as tecnologias utilizadas.  “A preparação da aula pelo professor leva muito mais tempo. Tem que fazer mais slides e exercícios pois a aula online rende muito mais” – afirma a professora Fernanda Junqueira Franco de Poços de Caldas – MG. As aulas precisam ainda ter horários reduzidos, considerando que as crianças por força de lei não podem se expor por muito tempo em frente às telas. Por outro lado, com as aulas em casa, as crianças sentem falta das atividades recreativas, muito comuns no ensino infantil e fundamental. Exigir da criança a concentração na aula do professor ao mesmo tempo que está vendo seus colegas de sala através do computador, é também uma tarefa muito difícil.

Alguns estudantes receiam que as dificuldades do sistema online possam prejudica-los na prova do ENEM. Alguns professores estão inovando no sentido de despertar cada vez mais no aluno o interesse pelas aulas online. Vale destacar algumas características específicas do sistema online, tais como:
Estrutura – Acesso a computadores, falta de espaço e local adequado para estudar.
Relação família/escola - Dificuldades de contato, baixa escolaridade, e esgotamento do docente que muitas vezes tem que disponibilizar muito mais tempo para preparar as aulas. Ajuda imprescindível dos pais através do estabelecimento de uma rotina de estudo para os filhos.
Problemas sociais – Em determinados casos a falta da merenda comum nas escolas, evasão escolar e exposição à violência sexual, física e psicológica.   

 Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com


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