A maioria dos estudantes
brasileiros utiliza o financiamento estudantil para obter seu diploma de
graduação. Há duas opções disponíveis para que o mesmo consiga esse tão sonhado
objetivo: através de uma instituição de ensino superior pública ou de uma
instituição de ensino superior privada. Para conseguir uma vaga numa IES
pública, o candidato, ao contrário do que muitos pensam, encontra muito mais
dificuldades e concorrência nos dias de hoje. Daí, a maioria acaba migrando
para as IES privadas, que são de certa forma, uma maneira encontrada pelo
governo federal para absorver o grande número de matriculas no ensino superior.
Ressalvadas as particularidades que envolve cada instituição de ensino, o
processo se assemelha a uma terceirização e para tanto o governo instituiu o
FIES – Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e o PROUNI -
Programa Universidade para Todos. Com esses programas de financiamento, o
governo tem atendido grande parte dos estudantes que não conseguem uma vaga
numa IES pública.
Mas
quem pode utilizar o FIES e o PROUNI? Cada programa tem suas particularidades.
O PROUNI atende ao beneficiário oriundo de famílias com menor poder aquisitivo,
sendo necessária a comprovação dessa carência no ato da matrícula. Distribui
bolsas com 50 ou 100% da mensalidade. Neste programa, depois de formado, o
beneficiário não precisa devolver o investimento ao governo federal. O FIES é
um programa de financiamento estudantil que visa atender aos estudantes de
baixa renda, devidamente matriculados na rede de ensino superior privada e
reconhecida pelo MEC. Cobre setenta por cento do valor da mensalidade durante o
curso, devendo o aluno pagar os trinta por cento restantes. Dezoito meses
depois de formado, o beneficiário deve começar a devolver ao governo federal o
financiamento liberado para o pagamento do curso, com juros de 6,5% ao ano.
Com a crise e o desemprego,
muitos beneficiários do FIES não estão conseguindo pagar o financiamento ao
governo federal. Para se ter uma ideia, atualmente 53% dos contratos estão
atrasados, O aluno com inadimplência é negativado no Serasa, com pendencias na
CEF ou no Banco do Brasil. Mesmo assim, o estudante em atraso pode procurar o
banco credor e renegociar a dívida, que não prescreve facilmente, podendo o
nome do beneficiário em atraso continuar negativado no Serasa, mesmo depois de
cinco anos. Além do FIES e do PROUNI, existem várias instituições privadas que
oferecem crédito educativo para a graduação, como o Pravaler, o Quero bolsa, o
Educa Mais Brasil e outros.
Geraldo
Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com