sábado, 7 de outubro de 2017

CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE A ATÉ A 26ª RODADA - ANÁLISE DOS ÚLTIMOS 3 ANOS


Embora seja considerado pela crítica como o pior campeonato brasileiro da era de pontos corridos, a competição de 2017 apresenta alguns resultados interessantes na 26 rodada. Uma análise do quadro acima, mostra a evolução dos participantes da Série A nos últimos 3 anos até essa rodada. Foram considerados a pontuação, o nº de gols marcados, o nº de gols sofridos, o saldo de gols e o % de aproveitamento de cada equipe.

Em 2015 foram marcados 591 gols com média de 22,73 gols por rodada, ou 2,27 gols por jogo. No ano seguinte, em 2016, os 20 clubes da série A marcaram 649 gols, com média de 24,96 gols por rodada, ou 2,49 gols por partida. Em 2017 foram marcados 610 gols com média de 23,46 gols por rodada ou 2,34 gols por jogo.

Coincidentemente, em 2015 os clubes marcaram 591 gols e sofreram 591, com saldo igual a zero, assim como em 2017, quando foram marcados 610 gols e sofridos outros 610. A forma defensiva que os clubes vêm jogando pode ser vista com a redução da média de gols obtida em 2017 de 2,34 gols por jogo, bem menor do que em 2016 quando a média obtida foi de 2,49 gols por partida.

Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro, são os clubes que mais investiram na temporada, porém sem os resultados esperados. Pelo contrário, a exceção do Flamengo que ainda tem duas chances de chegar à Libertadores (Copa Sul-americana e campeonato Brasileiro), Palmeiras e atlético Mineiro não têm a mesma chance e só podem chegar na competição continental pelo Campeonato Brasileiro.

O Flamengo que teve saldo de 2 gols em 2015, melhorou sua performance em 2016 e 2017 com saldo positivo de 10 e 9 gols respectivamente. O aproveitamento do time de 52,6% em 2015 melhorou em 2016 para 64% e caiu para 50% em 2017, quando se esperava um aproveitamento superior que o ano anterior, tendo em vista os investimentos realizados

O Palmeiras em 2015 fechou a rodada com 17 gols de saldo, melhorou em 2016 para 21 gols, porém caiu de rendimento fechando 2017 com saldo de 9 gols. O aproveitamento passou de 52,6% em 2015 para 65% em 2016 e 55% em 2017. Mais uma vez houve uma queda de produção do ataque em 2017, apesar dos investimentos.

O Atlético Mineiro por sua vez, vem acumulando nos últimos três anos, queda acentuada de produção do seu ataque. Fechou 2015 com saldo de 15 gols, diminuiu esse saldo em 2016 para 6 gols e em 2017 está com um saldo de 2 até gols. O rendimento de 62,8% em 2015, caiu para 58% e 43¨% em 2016 e 2017 respectivamente, mostrando que os investimentos realizados não atenderam ao apelo da diretoria e seus torcedores.
  
CLUBE

2015
2016
2017
PG
GP
GC
SG
APR
(%)
PG
GP
GC
SG
APR
(%)
PG
GP
GC
SG
APR
(%)
ATL. MIN
49
42
27
15
62,8
46
41
35
6
58
34
29
31
-2
43
CORINTH
54
43
21
22
69,2
41
35
26
9
52
55
36
15
21
70
GRÊMIO
48
37
22
15
61,5
37
32
32
0
47
46
41
22
19
58
SÃO PAU
42
33
27
6
53,8
34
27
26
1
43
31
34
37
-3
39
FLAMEN
41
35
33
2
52,6
50
35
25
10
64
39
34
25
9
50
PALMEIR
41
45
28
17
52,6
51
45
24
21
65
43
36
27
9
55
SANTOS
40
43
31
12
51,3
45
43
25
18
57
47
27
16
11
60
INTERN
40
26
27
-1
51,3
28
26
31
-5
34
-
-
-
-
-
ATL PAR
38
29
28
1
48,7
39
24
23
1
50
34
29
20
-1
43
SPORT
37
35
27
8
47,4
30
36
41
-5
38
30
31
38
-7
38
FLUMIN
34
27
33
-6
43,6
40
31
27
4
51
31
34
36
-2
39
P.PRETA
34
27
29
-2
43,6
39
36
38
-2
50
31
27
33
-6
39
CHAPEC
31
20
27
-7
39,7
38
38
42
-4
48
32
30
38
-8
41
CRUZEIR
30
25
48
-3
38,5
30
33
39
-6
38
41
32
23
9
52
CORITIB
30
19
25
-6
38,5
33
31
31
0
42
28
25
33
-8
35
AVAI
29
26
41
-15
37,2
-
-
-
-
-
30
16
30
-14
38
GOIAS
28
24
25
-1
35,9
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
FIGUEIR
27
23
38
-15
34,6
28
24
34
-10
35
-
-
-
-
-
JOINVIL
23
18
29
-11
29,5
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
ATL GO
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
25
25
40
-15
32
VASCO
20
14
45
-31
25,6
-
-
-
-
-
33
26
37
-11
42
BOTAF
-
-
-
-
-
38
33
32
1
48
40
34
28
6
51
VITORI
-
-
-
-
-
29
32
38
-6
37
32
32
38
-6
41
STA CR
-
-
-
-
-
23
30
41
-11
29
-
-
-
-
-
AMÉ.M
-
-
-
-
-
16
17
40
-23
20
-
-
-
-
-
BAHIA
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
31
32
33
-1
39
TOTAL
-
591
591
0
-
-
649
650
-1
-
-
610
610
0
-

PG = Pontos ganhos; GP = Gols pro; GC = gols contra; SG = Saldo de gols; 
APR = Aproveitamento (%)

Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

FUTEBOL BRASILEIRO É ISSO? ONDE ESTÁ A FALHA?


Desde sua implantação por pontos corridos, o campeonato brasileiro vem tendo ao longo do tempo um equilíbrio de forças, de tal forma que a análise do rendimento e performance dos clubes pode ser acompanhada pelos analistas e gestores dos próprios clubes, subsidiando informações para investimentos e ações, mesmo ao longo do campeonato. Em 2017 entretanto, até a 26 rodada, ocorre um fenômeno no mínimo inusitado, uma vez que temos 13 clubes com chances de cair para a Série B, pois somente 4 pontos separa o 8º colocado do 17º, primeiro do Z4. Por outro lado, essa pouca diferença de pontos, ao mesmo tempo que representa um tormento para esses clubes e seus torcedores, deixa também uma esperança de uma possível classificação para a Libertadores da América de 2018, bastando para isso somar pontos nas próximas 12 rodadas, ou 36 pontos preciosos que ainda restam.

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Se o campeonato terminasse hoje estariam classificados para a Libertadores da América de 2018 os clubes classificados do 1º ao 7º lugar, isto é, do Flamengo para cima, mas como disse anteriormente, o campeonato está muito aberto, com muitas possibilidades de mudanças nas próximas rodadas. Vale ressaltar ainda que a diferença do 7º colocado Flamengo para o 8º Atlético Paranaense é de apenas de 5 pontos, perfeitamente possível de ser alcançada até o final do campeonato.

A forma como os clubes brasileiros estão jogando, mostra claramente o baixo nível do futebol brasileiro nos últimos anos, razão pela qual não temos mais a hegemonia do futebol nas américas. Assistimos o pior campeonato brasileiro da era dos pontos corridos. Estamos jogando excessivamente na defesa, a maioria dos clubes jogando por uma bola, e se esquecendo da finalização para o gol, razão maior do futebol. Jogadores que ganharam fama jogando mundo afora, voltaram e se julgam os únicos a resolverem tudo. Com isso, a ideia do futebol compacto e coletivo está acabando. A individualidade vem ganhando forças em relação ao conjunto e o futebol vai perdendo sua graça, sua arte. Dois jogos, num total de quase 120 mil pagantes assistiram a decisão da Copa do Brasil com um gol em cada partida, com ingressos, pasmem, de até 645,00. Fica uma dúvida se a torcida terá paciência o suficiente para assistir isso que chamam de futebol e pagando esses preços exorbitantes cobrados pelos dirigentes. 

Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

PREJUÍZOS DA CORRUPÇÃO NO BRASIL


A corrupção já há algum tempo, ocupa espaço considerável na mídia nacional. Muito se fala dos prejuízos financeiros e morais que a corrupção imputa ao Brasil e a todos os brasileiros, o que é extremamente verdadeiro. Quantos bilhões de reais são pagos de propina anualmente no Brasil? Não é difícil responder, mas é muito difícil tomar conhecimento dessa informação; a corrente do crime fortalece os bandidos e torna incapaz as forças da Lei.

Estima-se que as perdas da operação lava jato ultrapassam 88 bilhões de prejuízos, enquanto a operação zelotes já se aproxima de 20 bilhões. Toda essa fortuna deveria estar sendo aplicada para a educação, saúde, saneamento básico e transporte, retornando para o povo o que é do povo. Acontece que toda essa fortuna, objeto de corrupção, é dinheiro que está saindo pelo ralo para poucos, enquanto muitos estão doentes, deseducados, desempregados, desnutridos, e sem rumo.   

O lugar de quem rouba do povo é a cadeia. Nada de deixar em liberdade quem devolve dinheiro objeto de corrupção; o dinheiro tem que ser devolvido ao erário público e o corrupto tem que que continuar na cadeia até pagar pelos seus crimes. Nada de prisão temporária, domiciliar, com tornozeleira eletrônica e outras invenções criativas do sistema penal brasileiro para facilitar a vida dos corruptos – lugar de ladrão é na cadeia.

Fala-se muito no judiciário brasileiro em primeira, segunda e terceira instância, que qualquer cidadão é inocente até prova em contrário. Embora seja uma retórica verdadeira, é recorrente que sua aplicabilidade leva à impunidade, pois enquanto o réu está recorrendo, ele está em liberdade, agindo da mesma forma e praticando os mesmos crimes. O correto seria a reclusão do réu imediatamente após a sentença em primeira instância, para que o mesmo possa responder o processo na cadeia, evitando assim que continue praticando os delitos livremente. Para a segurança da sociedade, o criminoso deve esperar o julgamento na cadeia, e não em liberdade, ou seja, até prova em contrário, o suspeito é culpado e não inocente.        


Um exemplo claro do uso do dinheiro corrupto para obtenção da liberdade, é a prisão em novembro de 2015 de José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Em julgamento nos EUA concordou em pagar fiança de 57 milhões de reais para usufruir da prisão domiciliar, situação que ainda persiste, visto que o julgamento final está previsto para o final de 2017. Esse dinheiro não é dele, pertence ao povo e ao povo deveria retornar. Ele sim, precisa ser segregado da sociedade, isto é, ser confinado, encadeado, até entender como viver em sociedade legalmente. 

Marin está 'preso' em Nova Ior desde novembro de 2015

Jose Maria Marin, ex-presidente da CBF, está preso em Nova
York (prisão domiciliar), desde novembro de 2015.  


Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A CRISE BRASILEIRA TEM SOLUÇÃO?


Que o Brasil atravessa uma de suas maiores crises, todos sabemos. A crise existe porque o povo não acredita mais nas instituições e busca alternativas para a sobrevivência com a mesma. Geralmente sustentada pela desordem e pelo não cumprimento da lei, a crise instiga e fomenta a criminalidade, a violência, a corrupção, o desemprego e principalmente o desrespeito aos oprimidos.

Existem vários tipos de crises, como as econômicas, as políticas, as sociais, de saúde etc. Uma pessoa, um grupo de pessoas, ou um país inteiro, pode se sucumbir numa crise, ou simultaneamente em mais de uma crise. É o caso do Brasil, no qual temos várias crises, com predominância para a crise política e a crise econômica que se destacam entre as demais, e nas quais os partidos políticos, bem como seus aliados, se acotovelam para a defesa de seus ideais políticos.

Historicamente, desde a Proclamação da República, o Brasil vive sob a hedge de um sistema político no qual o poder emanado do povo é delegado aos políticos eleitos, fortalecendo uma engrenagem de interesses escusos que muito interessa aos partidos políticos e revigora os laços de poder e desigualdade entre esses partidos e seus aliados. A crise brasileira é portanto institucional, com lastro de educação e formação sofrível da maioria dos escolhidos para o Congresso Nacional, poder executivo e judiciário. Com raras exceções, os laços desta engrenagem não se desprendem, fortalecendo o nível de comprometimento de todos com todos, deixando claro a obrigatoriedade de participar dos mesmos na sua plenitude. Muito embora as estatísticas tenham mostrado algumas desistências, a maioria dos envolvidos acabam se comprometendo com o sistema.

A crise é mutável tendendo a se estender quando o comprometimento das instituições se desagregam das leis.  No caso brasileiro, há uma esperança de que no final de 2018 os índices de crescimento na área econômica e o trabalho desenvolvido pela lava-jato, possam colocar o Brasil novamente no lugar que merece, com índices reconhecidamente melhores, se comparados com outras grandes economias do mundo. Os índices de melhoria atuais mostram portanto uma recuperação da crise econômica, porém não há a mesma expectativa com relação à crise política, muito embora tenhamos em 2018 a eleição do novo presidente.    
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Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail:geraldoferreiradapaixao@gmail.com

domingo, 17 de setembro de 2017

QUANTO VALE SEU DIPLOMA DE GRADUAÇÃO?


Uma análise da evolução da educação superior brasileira nos últimos vinte anos, leva à conclusão que pouco, quase nada evoluiu nesta área, para que o país pudesse alavancar no desenvolvimento científico e contribuir para o crescimento. Ao contrário, poucas alterações foram propostas nesse período, dentre elas o Projeto de Lei 7.200/2006 que trata da Reforma Universitária, sem previsão de ser finalizado no congresso Nacional.

A necessidade do estudante de chegar à universidade está diretamente ligada ao crescimento pessoal, mas esse crescimento impõe uma série de esforços conjuntos que alavancam o desenvolvimento como um todo. As dificuldades para obter esse resultado e ter um diploma de nível superior, continua sendo o grande vilão do estudante na busca de uma melhor qualificação que o diferencie no mercado de trabalho. Se comparadas com a década de 90, por exemplo, tais dificuldades experimentaram alterações favoráveis para o ensino superior, porém outros fatores como a qualidade e a formação do profissional se mantêm uma incógnita.

Antes, adentrar numa universidade pública significava um esforço extremo, tendo em vista a exigência de nobreza e intelectualidade do candidato. Até pouco tempo, concluir um curso superior numa universidade pública era uma tarefa extremamente difícil, a qual poucos tinha acesso. Para se chegar nela, dois fatores eram preponderantes: primeiro, ter cursado o ensino médio numa escola de alto nível e se preparado em cursinhos nos grandes centros; segundo, ter se dedicado quase que exclusivamente na preparação para o vestibular obrigatório até então.

Resumindo, estudantes com maior poder aquisitivo adentravam com mais facilidade nas instituições públicas, consideradas de elite, enquanto estudantes de menor poder aquisitivo, muitos deles trabalhadores, migravam para as instituições privadas, de menor exigência de conhecimento e maior facilidade de acesso. Tal situação ainda persiste, porém com algumas características específicas ligadas às instituições públicas e privadas.

Com as dificuldades e exigências de mercado, é impossível não reconhecer a importância do diploma de nível superior para o desenvolvimento pessoal e profissional. Com o acesso às IES públicas e privadas reconhecidamente facilitados com o ENEM e financiamentos do governo federal, houve um crescimento acentuado nos últimos anos no número de vagas e matrículas. Contudo, as dificuldades de mercado continuam para os recém formados, tendo em vista principalmente o momento econômico brasileiro. Ressalte-se entretanto, que a posse de um diploma de graduação evidencia um diferencial de valor inestimável, de grande valia para a obtenção da tão esperada oportunidade de trabalho.

Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

domingo, 10 de setembro de 2017

GUERRA OU NEGOCIAÇÃO – O QUE QUEREM OS NORTE-COREANOS



Os testes nucleares utilizando armas atômicas à base de hidrogênio têm demostrado o quanto os países estão preocupados com a possível destruição do planeta. A humanidade tende a se exterminar pela guerra e/ou pela fome. Alguns países já detém esse arsenal bélico, ou pelo menos demonstram tê-lo, como é o caso da Coréia do Norte, que no último dia 3 testou com sucesso o que chamou de bomba de hidrogênio, uma dezena de vezes mais potente que o artefato atômico lançado em Hirochima e Nagasaki no Japão, em agosto de 1945. Analistas internacionais avaliam que o ditador norte-coreano Kim Jong-un monta uma estratégia de autodefesa, no sentido de igualar à potências como EUA, Japão e Coreia do Sul, e garantir assim, que não será atacada. Com um arsenal estimado de 40 ogivas nucleares, estima-se que Kim já tenha alcançado esse objetivo e busca agora obter alivio em sansões econômicas capaz de garantir a sobrevivência dos norte-coreanos.

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Por outro lado, os temores de uma nova guerra com uso de artefatos nucleares, leva os governos a se protegerem, colocando-se na posição de vanguarda e demonstrando cada vez mais seu poder de força, como uma forma de dizer que está pronto para uma guerra com essas características. Ao contrário do que muitos pensam entretanto, essa demonstração de força com a utilização explicita de armamento nuclear, é um sinal de fragilidade, de medo e deixa claro que as grandes potências não abrem mão de evidenciar seu potencial de guerra, seja para autodefesa ou para demonstrar através desse arsenal, forças extras nas negociações com potências inimigas.

Uma guerra com esse nível de armamento seria catastrófica para a humanidade, com prejuízos incalculáveis para a raça humana, com efeitos devastadores na área econômica, ambiental, saúde, saneamento e futuras gerações. Assim como a Coreia do Norte quer assegurar seu poder de negociação e garantir a sobrevivências dos norte-coreanos, as potências ocidentais navegam no mesmo barco - estão prontas para a guerra mas querem evita-la, pois seria uma catástrofe para todos.  

Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com 

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

ESTUPRADOR OU PSICOPATA?


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  A força de vontade humana atende a impulsos do cérebro e do corpo e não dá para imaginar a reação decorrente dessa vontade, desse desejo, que toma o corpo e às vezes a alma. Os comandos oriundos da mente impulsionam o atendimento à solicitação instintiva. Muitos utilizam dessa vontade, desse desejo as vezes incontrolável, para ações imputáveis ao mal, outras ao bem. O certo entretanto, é que a vontade, o desejo de fazer alguma coisa, levará sempre a uma tomada de decisão, a qual poderá ser muito questionada e seus reflexos cobrados. A decisão de como cumprir esse desejo, essa vontade, depende muito da formação continuada do ser humano, da educação de base recebida em casa e nas instituições de ensino. Seja qual for a decisão, os reflexos selarão o resultado final da luta entre a vontade e as reações dela decorrentes.                                                           
    
O estuprador Diego Ferreira de Novais violentou dia 29 de julho deste ano uma passageira dentro de um coletivo na Avenida Paulista – SP, ejaculando no seu pescoço da vítima. Por decisão judicial, o criminoso foi solto após análise de um promotor e um juiz que consideraram o ato uma contravenção penal, De acordo com a Lei contravenção penal é “a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.”         
    
Cinco dias depois, isto é, dia 03 de agosto, o mesmo estuprador ejaculou noutra passageira dentro de um ônibus, na capital paulista. Desta vez, o juiz Rodrigo Marzola Colombini determinou a reclusão do agressor, alegando que o criminoso segurou a vítima para cometer o estupro, configurando o crime. O estuprador está em uma das celas de inclusão em regime de observação, no Centro de Detenção Provisória III de Pinheiros – SP.

Em ambos os casos, o Diego foi levado a praticar o ato de estupro em função de um comando central cerebral e tomou a decisão de praticar a contravenção penal ou o crime, conforme decisão do juiz Colombini.  Em condições normais, é inadmissível que um ser humano seja capaz de tamanha transgressão a outro ser humano, a menos que esteja com algum distúrbio psicopático, que o leve inadvertidamente, a cometer tais atos ilícitos. Independentemente dos direitos e deveres que emana da Constituição da República, é difícil o entendimento das razões que levam nosso judiciário a dar liberdade a um homem com essas características, considerando os riscos que este cidadão inflige à sociedade.

Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

IPATINGA FC – O PROJETO NÃO PODE ESPERAR

 

Uma análise fria do que aconteceu esta semana com a demissão do Wantuil Rodrigues e a admissão de Eugênio de Souza (um vencedor) para o comando técnico do Ipatinga FC, me leva a pensar na seriedade da atual diretoria do Tigre ao tomar esta medida drástica, é verdade, porém necessária, considerando o planejamento e os resultados esperados. Claro que não sou favorável à demissão de um técnico de futebol com tão pouco tempo de trabalho, na maioria das vezes sem conhecer sequer os jogadores, muito menos a estrutura disponível para o gerenciamento do grupo.

 

Entretanto, sabemos que o futebol atual não é mais aquele dos últimos 50 anos do século XX, no qual o artista podia exibir seus dotes técnicos, muitas vezes admirados pelo próprio adversário em campo, como vimos com monstros como Pelé, Garrincha, Tostão, Zico, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Maradona e muitos outros. O saudoso futebol era bonito de se ver, os torcedores admiravam os artistas, os jogadores respeitavam o adversário, enfim, o futebol era técnico e bonito. Havia respeito dentro e fora das quatro linhas pelos conhecimentos divinos que lhes foram outorgados, e, com os quais o mundo tinha que reverenciar, tanta era a beleza da plástica desenvolvida. O torcedor e o mundo reconhecia a arte de assistir uma partida de futebol como se estivesse adentrando num grande anfiteatro, onde os maiores artistas do mundo mostravam o que Deus lhes deu – a arte.

 

Hoje, diferentemente, o que vemos é a ocupação de espaços, muita preparação física, e o artista não tem mais tempo de mostrar seus dotes. O que mais me preocupa, e que justiça a decisão da atual diretoria, é que não se pode mais esperar, e muito menos ter tanta paciência, que esses artistas se motivem por tanto tempo; claro que depois de algumas rodadas, e a  extenuante rotina de exercícios e jogos, logística de transportes, cobranças da mídia e torcedores  e muito mais, ocorre naturalmente a queda de produção, e, neste momento, deve sim a diretoria mudar a Comissão Técnica para que uma nova motivação se apodere não só da nova Comissão, ansiosa para mostrar serviços, e  da mesma forma, para que os jogadores invistam-se de novo ânimo para mostrar à nova Comissão, bem como à diretoria, que podem sim ganhar os próximos jogos. Não se trata de irresponsabilidades, mas como em qualquer atividade, os resultados só vão aparecer se a equipe estiver devidamente motivada para o alcançar os resultados, e, é humanamente impossível manter uma equipe motivada a tal ponto e por tanto tempo, considerando os graves problemas com os quais convivem esses artistas. Por isso, ao criticar o que ganha o Neymar, devemos antes perguntar quantos dentre os duzentos e cinquenta milhões de brasileiros fazem o que ele faz.

 

Perder aquela partida para o time B do galo foi lamentável. Assisti todos os jogos do Ipatinga FC no Ipatingão o desde a sua fundação e através da TV todos os jogos da atual diretoria. Temos time de sobra para superar a equipe B do Atlético e neste sábado, não podemos vacilar contra o Poços de Caldas que tem 11 pts. O Jacaré tem 12 pontos, mas folga na rodada. Assim, uma vitória nos garantirá no mínimo a segunda posição, isto é, o G2, última posição que podemos admitir, já que só dois passarão para o Módulo II em 2018. O Coimbra com 13 pts vai enfrentar no domingo o Betis no Estádio Municipal José Mapa Filho em Ouro Branco. Se perder, perde a primeira posição para o Ipatinga FC que terá então o mesmo número de pontos, mesmo número de vitórias, mas terá maior saldo de gols. Portanto, torcedor do Ipatinga FC, vamos trabalhar lado a lado da atual diretoria, contribuindo quando chamados e fazendo o de sempre – lotar o Ipatingão, incentivar os artistas e mostrar que a cidade precisa e merece estar na elite do futebol mineiro e brasileiro como foi em edições anteriores muito recentes. Parabéns Luciano Araújo e equipe, pela coragem de atuar na hora certa! 

 

 

Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

 



terça-feira, 29 de agosto de 2017

FUTEBOL E CORRUPÇÃO – PRÁ ONDE VAI O FUTEBOL BRASILEIRO?


O futebol brasileiro, há muitos anos passa por uma fase difícil, prá não dizer dramática. Alguns clubes alheios aos problemas sociais, econômicos e culturais de seus empregados, incluindo aí os atletas, não sabem sequer as novidades que a Lei Pelé introduziu no futebol a partir de 24 de março de 1998, quando foi sancionada pelo então presidente FHC. Muitos já abriram a cartilha porquê encontraram alguma barreira para seus interesses; outros, sequer a quiseram conhecer. Foi no entanto a partir desta Lei que o futebol brasileiro mudou, orientado pelos artigos que regem os direitos e deveres daqueles que militam no esporte mais popular do Brasil, especialmente os diretores de clubes, maestros responsáveis pelo rico cenário envolvido.

A exemplo das demais áreas de atividades, o futebol também está cheio de corrupção, tem gente ganhando muito dinheiro com dinheiro com o dinheiro alheio. É necessário passar um pente fino, e reter na peneira aqueles que tem mais gordura. Aí entretanto, temos um problema sério: a impunidade. Quando há uma ameaça em qualquer área, levanta-se imediatamente um grande número de pessoas contrário à idéia. Na verdade, ninguém quer se arriscar, pois sabe que qualquer investigação neste país, seja no futebol ou não, pode trazer à tona os “podres” de muita gente, principalmente daqueles que têm o “rabo preso”, e não podem se expor, deixando à mostra sua personalidade. Se perguntarmos a qualquer brasileiro, este será capaz de enumerar vários nomes que deveriam estar na cadeia, mas estão aí, livres, como se nada tivesse acontecido. 

Com a Lei Pelé, veio aquele alvoroço todo, denúncias de corrupção, CPI’S, muita transação de jogadores, para finalmente alcançarmos o estágio atual da grande maioria dos ex-grandes clubes brasileiros: falência. Alguns clubes sequer podiam pagar seus funcionários, pois a fonte onde poucos ganhavam muito, parecia estar secando. Esperava-se então com a nova Lei que o futebol brasileiro tivesse uma reforma séria, capaz de moralizar o esporte bretão e eliminar de vez os especuladores, ou melhor, os exploradores dos clubes. De lá pra cá o que se vê de novo e prático é a aplicação da lei do passe que regulamentou as transações de jogadores brasileiros no mercado nacional e internacional. Com relação à corrupção e utilização indevida da coisa imprópria, são ações que continuam campeando em todo o território nacional e internacional, prevalecendo o espírito egoísta e aproveitador de uma grande maioria de diretores, que não são capazes de enxergar no torcedor a fonte salvadora dos clubes.

O que se ouve nos bastidores é que a Lei Pelé acabou com o futebol brasileiro. Na verdade quando se fala em mudança de qualquer coisa, seja uma rotina ou procedimento, é gerada em contrapartida uma enxurrada de idéias contrárias; na prática, esta é uma reação “normal”, que precisa ser combatida; há que se ouvir e valorizar as novas idéias, pois sem elas é impossível alcançar o nível de conhecimento e desenvolvimento necessários

No âmbito da qualidade, sabe-se que para se obter sucesso em qualquer atividade é necessário em primeiro lugar identificar e reconhecer o nosso cliente em potencial, pois sabe-se que ele é o carro chefe do negócio e tudo que fizermos tem que estar voltado para atender a vontade e os padrões exigidos por ele. Porquê no futebol não se aplica este conceito? Não é compreensível o desrespeito dos atuais dirigentes do futebol brasileiro ao maior cliente, aquele que apóia e dá todo o suporte para o engrandecimento de qualquer clube de futebol: o torcedor. O que se tem visto são ações impensadas, próprias daqueles que priorizam o próprio ego, esquecendo por completo da máxima empresarial: respeito ao cliente em primeiro lugar. Estamos assistindo pela TV, quase que diariamente, e aterrorizados, o desrespeito praticado aos torcedores, que ao saírem de casa com sua família para assistirem uma partida de futebol na expectativa praticar lazer e ajudar o seu clube de coração, muitas vezes tem retornado a seus lares com a alma ferida, a dor estampada no rosto, pela perca de um ente querido. O que é isso? Onde está o respeito ao cliente?

A exemplo do que já está acontecendo em todas as atividades neste país, os principais dirigentes e gestores do futebol brasileiro terão que se adaptar às mudanças transitadas, sob pena de pagar a qualquer momento pelos seus atos, como José Maria Marins, preso na suíça e José Hawilla, réu confesso. Sob suspeitas temos João Havelange, Ricardo Teixeira e Del Nero, além de algumas empresas internacionais como a Traffic Sports International Inc, a Traffic Sport USA e a Klefer Produções e Promoções Ltda.

O dirigente precisa aprender a valorizar mais e mais o torcedor que é a própria sobrevivência do clube e, muitas vezes dá sua vida pelo clube. Futebol é isso. Uma mistura de amor e ódio, paixão e esperança. Por isso, muitas vezes o torcedor paga por tudo aquilo que os dirigentes inescrupulosos vem fazendo e acontecendo no futebol brasileiro. Daí que é indispensável vislumbrar o torcedor como fonte de renda, aquele que paga o artista pelo espetáculo. Por isso é preciso respeitar o torcedor e pensar que todo o seu sentimento é pelo clube, não pelo dirigente. Não basta juntar um amontoado de idéias e jogar no saco. É preciso distinguir o bom do mal, o alegre do triste, o joio do trigo. 

No fundo sabemos ser muito difícil criar uma consciência eficaz para o futebol brasileiro, mas entendemos e precisamos crer que a viagem ora empreendida no espaço e no tempo nos levará ao melhor caminho, bastando para isso, a tomada de decisões corretas, punindo a todos que tornaram e torna o futebol brasileiro um mar de lama. Assim como na política com a Lava Jato, espero que possamos fazer também no futebol; alguns já estão na cadeia, outros irão. As CPI’S instaladas nascem e acabam, mas ainda assim fica a esperança que a impunidade não será eterna, o imoral será moralizado, os ratos serão presos. Isso vai acontecer. É só esperar para ver.   
                                              
Geraldo Ferreira da Paixão

E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

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