quarta-feira, 22 de março de 2017

A PLÁSTICA DO GOL

A Plástica do Gol – Quem viu o jogo São Caetano x Flamengo na quarta feira passada, provavelmente deve estar pensando nos vários lances polêmicos interpretados de maneira equivocada pelo trio de arbitragem; gol de mão, jogadas de craque, gols perdidos, gols de craque que não é craque etc. O fato mais interessante entretanto, ocorreu nos dois gols do Flamengo marcados por Renato. Com chutes elásticos, o primeiro no lado esquerdo e o segundo no lado direito do goleiro do São Caetano, o atleta rubro negro mostrou que está mesmo treinando forte este fundamento – enquanto o goleiro pulava na direção da bola tentando alcança-la, esta, em curva, se distanciava cada vez mais dele tornando-se impossível a defesa. Gol assim, de uma plástica maravilhosa, marcados por um astro de pouca luz, torna o futebol cada vez mais emocionante.
Ney Franco – Quem duvidava que o ex-técnico do Ipatinga Ney Franco tem realmente muito conhecimento daquilo que faz, certamente mudou de opinião pelo que já realizou até agora no Flamengo. Sabemos do desafio que é para qualquer treinador, dirigir esta equipe considerando os inúmeros problemas, não só no plantel, tecnicamente muito fraco, mas também por problemas administrativos e financeiros pelos quais sempre passou o flamengo, convivendo inclusive com um fato gerador de baixa produtividade de qualquer trabalhador, qual seja, o não recebimento pelos serviços prestados – no flamengo isso é uma rotina e não tem técnico que agüenta. Até o momento o Ney Franco fez milagre. Será que conseguirá continuar segurando esta barra?
Parceira Cruzeiro/Ipatinga - Quando houve o desmanche do time do Ipatinga poucos dias antes da final da Copa do Brasil, tive certeza que a tão falada parceria Cruzeiro/Ipatinga finalmente dava a cara, ficando evidente que o time celeste tomou uma decisão no mínimo oportunista quando cedeu três dos mais expoentes jogadores do plantel ipatinguense para o Flamengo; e o pior: esses jogadores não podiam jogar a final nem para o Ipatinga, nem para o flamengo, pois já tinham jogado a competição para o Ipatinga, Assim, o tigre foi para a decisão desfigurado e deu no que deu. Finalmente, o Presidente Itair Machado tomou a decisão correta de por um ponto final nesta parceira, sem arranhar o bom relacionamento que mantém com a diretoria cruzeirense.
Será que agora Vai? – Não se pergunta outra coisa na cidade - será que o Ipatinga passa desta vez para a Série B? Acompanhei todas as partidas do tigre até agora, mesmo aquelas realizadas fora de casa.  Sem a parceria de um grande clube sabemos das dificuldades para manter um plantel capaz de competir para ganhar uma competição como a Série C. A diretoria do Ipatinga vem fazendo um trabalho perfeito e o time vem se moldando na competição, subindo de produção a cada partida e não será surpresa a sua classificação para a terceira fase. As decisões da diretoria têm sido pertinentes e tomadas no momento certo, de tal forma a não permitir a queda da equipe durante a competição, que se ocorrer, fatalmente será irrecuperável, jogando por água abaixo todo o planejamento realizado – parabéns, portanto ao Itair e sua equipe.
Novidades para o Futebol Máster do Vale do Aço – Foi realizada nesta quinta feira na sede da LDI uma reunião muito importante para o destino do futebol máster da região em 2007. Participaram da reunião além do Presidente da LDI e seu Diretor Técnico, presidentes e diretores da AMAVAÇO E LFM, associações que coordenam os máster no Vale do Aço. Conforme ficou definido, será reativado o Departamento de Futebol Máster da LDI, e em 2007 será realizado um super campeonato envolvendo os mais de setenta clubes do Vale do aço. Todos os coordenadores de clubes, seja da LFM ou da AMAVAÇO estão convocados para uma assembléia na LDI dia 31/08/06 às 19h00min horas para entre outros assuntos, escolher o Diretor do Departamento de Máster da LDI – vamos todos lá!

Obs: Matéria publicada no Jornal Vale do Aço de ago/2006

Geraldo Ferreira da Paixão – engenheiro eletricista e eletrônico – pós graduando em Docência do Ensino Superior pela UNILEST – Coronel Fabriciano - MG.

e-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

A VÍTIMA DE ABAETETUBA

Assistimos todos os dias na TV e outros meios de comunicação, tragédias e tragédias que nos assustam, deixa-nos pasmos, tamanha a pobreza da cultura, da falta de solidariedade, da crueldade das informações que estamos veiculando. Uma das mais recentes me deixou inicialmente surpreso, e depois, ao repensar o tamanho do prejuízo à sociedade, senti como se me espetassem com uma espada afiada, como se o fato estivesse acontecendo comigo; uma garota de 15 anos foi presa por suspeita de furto e colocada numa cela juntamente com 20 marmanjos numa cidade chamada Abaetetuba, próxima de Belém, no Pará.

Ora, o fato em si, já é estarrecedor; não se admite em hipótese alguma que qualquer policial, por menor formação que tenha, mesmo sendo um bandido disfarçado, tenha a coragem, a petulância de colocar uma mulher numa cela junto com tantos homens, muito menos uma menor, incapaz de se defender. Não conheço, não quero conhecer o soldado, o cabo, o sargento, o delegado, a governadora e todos os envolvidos, que durante 24 dias, pasmem, 24 dias, mantiveram uma garota junto com tantos homens e nada fizeram.

Certamente muita coisa aconteceu neste período com a menina. E não adianta alguém falar que foi só um preso que abusou da garota, como já andam dizendo. È claro que todos dela se aproveitaram e devemos muito ao telefonema anônimo que colocou tamanha crueldade exposta, nos dando a oportunidade de conhecer mais uma vez a flagrante fragilidade do sistema carcerário brasileiro. 

Notícias como essa, são rapidamente veiculadas em todos os meios de comunicação, primeiro porque estamos transitando por um momento histórico da democracia brasileira, e doa a quem doer, o que está errado tem que ser mostrado. Tais notícias acabam dando ao Brasil a oportunidade de ser observado pelo resto do mundo, e muitos países questionam e nos ajudam a aprimorar na busca da real democracia. Numa ditadura, como a dos anos 60, noticia como essa jamais seria veiculada, e a realidade ficava muito distante do que realmente acontecia. Muitos simplesmente sumiram quando tentaram questionar.

Não tenho dúvidas que serão tomadas as providências cabíveis para punir os responsáveis por tamanha barbárie. Entretanto, está claro neste caso, a responsabilidade daqueles ligados direta e indiretamente com a prisão da menor, que, apesar do conhecimento das penalidades previstas para crimes dessa natureza, ignorou o fato, assumindo as responsabilidades cabíveis, o que esperamos sejam também assumidas quando se apontar todos os culpados.

A pergunta é: o que fazer para assegurar que tais fatos não mais ocorram em qualquer lugar do Brasil. O momento é de reflexão e precisamos questionar tudo, as prisões, quem as dirige, a formação de cada um e vigiar, vigiar para que os profissionais selecionados para lidar com os presos sejam sempre os melhores, de tal forma a evitar tamanhos desmandos na carceragem brasileira. Para que isso se torne realidade, há a necessidade urgente de pensar grande quando falamos em segurança. Mais investimentos nas penitenciarias, mais treinamento e qualificação de todos os profissionais envolvidos.  


A menina de 15 anos, filha de dona Francicléia Felix Alves, certamente não será mais a mesma. Abaetetuba, que quer dizer “lugar cheio de gente boa” também não. A menina, sob proteção policial e da governadora Ana Julia Carepa (PT), vai estudar e poderá ser alguém na vida, podendo ter um futuro bem diferente daquele que iniciou ao prostitui-se e ser chamada de “Cartucheira”. Abaetetuba por sua vez, poderá melhorar a sua imagem de cidade rota do tráfico internacional de drogas, devido a sua proximidade com as Guianas, Suriname e Europa.  Para que coisas boas aconteçam, muita coisa ruim tem que passar sob a ponte. É a vida.

Obs: Matéria publicada em nov/2011

Geraldo Ferreira da Paixão – engenheiro eletricista e eletrônico – pós graduando em Docência do Ensino Superior pela UNILEST – Coronel Fabriciano - MG.
e-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

terça-feira, 21 de março de 2017

A LUTA NÃO PODE SER EM VÃO

O Social FC de Coronel Fabriciano vem fazendo uma campanha primorosa este ano no Campeonato Mineiro. Conheço este clube como ninguém porque tive na minha juventude a oportunidade de jogar nele de 14 a 21 anos de idade, daí a minha grande admiração pelo Social, não só pelo que representa para a cidade e região, mas também porque foi o primeiro time profissional com o qual me identifiquei, não perdendo desde então, qualquer partida no Estádio Luiz Ensch.
O Social foi o terceiro clube profissional do Vale do aço – os dois primeiros foram Usipa e Acesita EC. Por último foi o Ipatinga FC. Ainda muito novo cheguei nesta terra e muitos falavam que eu jogava bola, logo me mandaram para o Social. Joguei no juvenil, juniores e no amador. Só saí de lá quando fui trabalhar na Usiminas em 1967. Aí comecei a jogar nos clubes de Ipatinga quando podia, uma vez que o futebol passou a ser uma segunda opção – estudava em Valadares e esta era então a minha prioridade.
Como analista de futebol não poderia deixar de externar meu ponto de vista sincero sobre esta campanha maravilhosa do Social, que muito me envaidece e me enche de orgulho - certamente o levará à elite do futebol mineiro em 2008. Um resultado como este, entretanto, precisa ser tido e visto pela diretoria como um passo gigantesco que representa o esforço de todos e não admite retrocesso. O Ipatinga é um bom exemplo, que precisa ser copiado.
O Social FC foi fundado em 01/10/1944, isto é, está prestes a completar 74 anos. O clube manteve-se como amador até a década de 80, tendo uma medíocre participação pela primeira vez no Campeonato Mineiro da 2ª divisão em 1985. Permaneceu desativado até 1995 quando decidiu então disputar novamente o Campeonato Mineiro da 3ª divisão, sagrando-se campeão da temporada. Em 96 disputou a 2ª divisão sagrando-se também campeão mineiro. Em 1997 sob o comando de José Ângelo, o  “Preca”, o Social terminou a campanha em 4º lugar. Participou também do Campeonato brasileiro da Série C daquele ano, tendo sido desclassificado na 2ª fase. Em 1998 ficou em 8º lugar na classificação geral do Campeonato Mineiro. Em 99 foi rebaixado para a segunda divisão.  Disputou novamente a 2ª em 2000, 2001 e 2002, obtendo-se o 9º, 5º e 2º lugar respectivamente na classificação geral.
Em  2003 sob o comando de Luciano Pascoal o clube se manteve na 1ª divisão, porém em 2004 foi rebaixado para a 2ª divisão, tendo disputado o campeonato mineiro de 2005 e 2006 sem entretanto, obter os resultados esperados. Em 2007 sob o comando de Moacir Junior o clube voltou a disputar a 2ª divisão estando muito próximo da classificação novamente para o grupo de elite do futebol mineiro. A 1ª divisão não é, portanto, uma novidade para o Social.
Muitos dizem que perder faz parte do jogo. Na verdade, o bom desportista jamais  deve se contentar com o segundo lugar ou simplesmente entrar para competir. Por isso, o Social neste momento de glória, precisa levantar a cabeça e trabalhar grande para que a auto-estima de todos nunca seja vencida. Vencer sempre tem que ser o lema, não se contentando jamais com a derrota – aceitar a derrota sim, mas contentar com ela, jamais. O retorno à divisão anterior tem que ser considerado uma derrota imperdoável   daqui pra frente, com conseqüências desastrosas  para o clube e seus torcedores. Vamos lá, Saci!

Obs: Matéria publicada no Jornal Vale do Aço em jul/2007


Geraldo Ferreira da Paixão – engenheiro eletricista e eletrônico – pós graduando em Docência do Ensino Superior pela UNILEST – Coronel Fabriciano - MG.
e-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

A EDUCAÇÃO NO GOVERNO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Um estudo detalhado da escritora Eunice Ribeiro Durham mostra como o ensino brasileiro é descentralizado, dificultando assim, a administração pela união. A nova constituinte em 1988 delineou novos rumos para a educação brasileira, definindo responsabilidades e poderes na administração pública no trato da política educacional brasileira. O chamado ensino básico que compreende o infantil, o fundamental e médio, passou a ser de responsabilidade dos estados e municípios, enquanto o ensino superior passou a ser de responsabilidade do governo federal. Ao governo federal também, ficou a competência de administrar e coordenar todas as escolas privadas de ensino no Brasil. O governo FHC se fundamentou num diagnóstico prévio, que permitiu o estabelecimento de prioridades e a definição das atuações a serem implementadas. O projeto apresentado por FHC, se baseou em três prioridades:
- Garantia de oferta do ensino fundamental – política aplicada objetivando o ingresso nas escolas de todas as crianças de 7 a 14 anos;
- Garantia de oferta do ensino fundamental para todos que não tiveram acesso a ela – É um projeto muito especial, que envolve a educação de jovens e adultos;
- Ampliação do acesso aos níveis anterior e posterior ao ensino básico – tal medida possibilita ao aluno não só o desenvolvimento, mas também o acesso a todos os níveis. Basicamente, podemos sintetizar a política do governo FHC nos seguintes tópicos:
Sistema descentralizado - existe uma política de gestão do governo, porem administrada por órgãos estaduais e municipais. Todas as instâncias são independentes entre si, ou seja, a administração é descentralizada e independente.
Funções da União como coordenador - Cabe ao governo Federal coordenar, legislar, incentivar e auxiliar os Estados e Municípios, intervindo através dos órgãos governamentais e organizações.
O Plano Nacional de educação - que assegura o ensino fundamental para todas as crianças de 7 a 14 anos, erradica o analfabetismo e amplia a educação infantil, ensino médio e superior.  É a oportunidade e não a garantia de vagas.
As prioridades (Área de Atuação) - As seguintes prioridades foram definidas na política  educacional do governo de FHC:
- Ampliar do acesso para garantir a democratização do ensino e conclusão em 8 anos do ensino fundamental;
- Aplicar tecnologias educacionais (suprir deficiência ou enriquecer os currículos dos professores);
- Adequar o processo pedagógico à população escolar;
- Formar professores com política salarial e o plano de carreira para a melhoria da qualidade do ensino. Resgatar a dívida social acumulada – erradicação da defasagem. Racionalizar a gestão dos sistemas escolares;
- Priorizar o investimento nas áreas com maiores déficits educacionais;
- Investir na educação indígena, e, em especial na sua formação para o trabalho.

Com relação à participação do setor privado no ensino básico, há uma diminuição da participação deste setor e ampliação do atendimento no setor público (Educação infantil, ensino fundamental e médio).

Assim, as diversas fases do ensino brasileiro passam a ser submetidas por alterações políticas e sociais, de tal forma a torná-las eficaz do ponto de vista prático-pedagógico, podendo o corpo docente visualizar no fundo do túnel uma luz capaz de dar maior credibilidade ao futuro da educação brasileira. Em síntese, podemos analisar as diversas fases da política de educação de FHC da seguinte maneira: 
Pré-escola - passa a ter como objetivo facilitar a integração da cultura escolar e a aquisição de competências sociais e intelectuais que o ambiente familiar nem sempre prevê.
Ensino fundamental - A política educacional de FHC está fundamentada em uma série de avanços, quais sejam:
- Crescimento do nº de matrículas de alunos de 7 a 14 anos; 
- Diminuição da taxa de repetência - redução das desigualdades regionais;
- Diminuição da taxa de analfabetismo (norte e nordeste do país), apesar do nº ainda ser muito grande. A política de redução deve ser diferenciada e localizada.  O maior nº de analfabetismo são pessoas de 50 anos ou mais.  A ação mais efetiva – universalização das séries do ensino fundamental;
- Taxa de repetência - discriminação das crianças com dificuldade de aprendizagem e de adaptação. Ausência do ensino adequado à realidade cultural das crianças.
Ensino Médio - Explosão de matrículas (apesar de que o nº de vagas sempre foi superior ao número de egressos do ensino fundamental);
- Aumento da taxa de repetência, diminuição de evasão, diminuição da desigualdade regional, redução da defasagem etária, ingresso tardio, retorno aos estudos em função de exigências de qualificação, qualificação dos professores, melhorando a qualidade da formação inicial e continuada dos docentes.
Ensino superior - Aumento da participação do setor Privado. Crise no Setor Público – O Brasil gasta por aluno de US$9.000,00 e a comunidade acadêmica se recusa de reconhecer esta crise e fica reivindicando aumento de verbas.
É preciso flexibilizar o sistema para democratizar o acesso ao ensino superior público, não se tratando simplesmente de privatizar as universidades públicas - estas são essenciais para a manutenção e elevação do nível de ensino e o desenvolvimento da pesquisa, além de obter melhores resultados práticos, possuindo ainda um sistema de informações esatatísticas e avaliação de maior eficiência.

Observação: Matéria publicada no Jornal Vale do Aço em maio/2005

Geraldo Ferreira da Paixão – engenheiro eletricista e eletrônico – pós graduando em Docência do Ensino Superior pela UNILEST – Coronel Fabriciano - MG.

e-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

A EDUCAÇÃO BÁSICA PEDE SOCORRO

Num país de tanta corrupção e desigualdades, temos que descortinar espaços para refletir um pouco sobre o sistema de ensino atualmente utilizado pelo governo brasileiro para atender as necessidades reais dos estudantes, especialmente aquelas ligadas ao  ensino básico e fundamental, indispensável para a formação dos futuros gestores da nação - o reconhecimento do sucesso só é possível com uma base sólida, obtida no limiar da formação humana.
Há poucos dias, o sociólogo, professor e ex-secretário de educação de Minas Gerais João Batista dos Mares Guia proferiu palestra em Timóteo - MG para educadores, políticos e representantes de entidades representativas do município abordando este tema. Com muita clareza e propriedade, o ex-secretário ratificou o esforço que o MEC vem desenvolvendo no sentido de qualificar não só este nível de ensino, mas também os demais. O que se observa entretanto, e que precisa ser percebido e assimilado pelos gestores da educação brasileira, é que, os projetos e sistemas implantados para a melhoria do ensino, precisam estar ao alcance e serem  acolhidos pela sociedade, o que em geral não tem acontecido, não só na educação, mas também em outras atividades da vida nacional.
O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, foi implantado em 1988 pelo então presidente José Sarney, com o objetivo de orientar as políticas governamentais relativas à melhoria da qualidade do ensino básico e fundamental. A Diretoria de Avaliação da Educação Básica – DAEB do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, são responsáveis concomitantemente com as Secretarias Estaduais de Educação pela administração do SAEB. De dois em dois anos devem ser realizadas avaliações nas escolas de todo o país, envolvendo a sociedade como um todo, com a participação dos pais, filhos, professores, diretores e sociedade em geral. São submetidos à avaliação em língua portuguesa e matemática, todos os alunos regularmente matriculados na 4ª e 8ª série do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.
O primeiro levantamento foi realizado em 1990, somente para a rede pública do Ensino Fundamental, sendo avaliadas a 1ª, 3ª, 5ª e 7ª séries em três áreas: Português, Matemática e Ciências. Em 1993, os levantamentos tiveram as mesmas características e seguiram os mesmos procedimentos. Posteriormente, foram realizadas mais cinco avaliações: 1995, 1997, 1999, 2001 e 2003. Na avaliação de 2003 foram envolvidos trezentos mil alunos, dezessete mil professores, seis mil diretores e seis mil duzentos e setenta escolas. Foram incorporados nesta avaliação, outros focos de interesse, como dados sobre os beneficiários do Bolsa-Escola, sobre a violência nas escolas e subjetividade do professor. No atual governo, o SAEB foi instituído pela portaria nº 931 de 21/03/05 e é composto por dois processos de avaliação: A avaliação Nacional da Educação básica – ANEB, e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar – ANRESC.
Passam-se os governos, mas os resultados não aparecem. Foram-se os governos de José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso - 2 vezes e agora Lula. Não há como acreditar que depois de tantos mandatos, consigamos despertar um sistema que permita à sociedade brasileira ter seus reclamos atendidos. Isso acontece, como dito anteriormente, devido à ineficiência de aplicar na prática as leis, que são aliás, muito bem elaboradas. Segundo Mares Guia é pensamento do governo proceder em novembro próximo, alterações na metodologia de avaliação – “A educação básica será avaliada não como foi até então, com base numa mostra estatisticamente significativa de 3% dos estudantes do Brasil, mas sim do universo quase completo dos estudantes”, revelou.
 Há a necessidade de um esforço conjunto de diretores, professores, políticos e sociedade em geral, no sentido de alavancarmos um sistema eficiente para o ensino básico e fundamental. Essa melhoria de qualidade dará ao aluno a oportunidade de alcançar uma formação inicial mais adequada para o seu desenvolvimento científico, além de se tornar um instrumento importante para o seu crescimento como pessoa.

Observação: Matéria publicada no Jornal Vale do Aço em jun/2007

Geraldo Ferreira da Paixão
Engenheiro, professor e pós–graduado em docência do ensino superior
e-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

LIBERAÇÃO DO PIS/PASAEP

COMO LER OS ARTIGOS PUBLICADOS NO "BLOG PROCURE E ACHE" DE GERALDO PAIXÃO

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