Há
muitos anos ouço reclamações do povo brasileiro sobre a política de preços, e,
me incluo entre os chorões, porque existem muitas perguntas sem respostas, ou
no mínimo, sem a informação necessária para conhecimento do consumidor. O
momento é de muitas mudanças na política brasileira, e, em especial, na área
econômica, com influência direta nos preços de tudo que compramos, e, consequentemente
no nosso poder de compra e qualidade de vida. Vou me ater a uma análise de
leigo, apenas para atiçar o raciocínio dos nossos estimados leitores: por que alguns
preços, que deveriam ser mais baixos, são tão altos no Brasil?
Vamos separar aqui o que importamos e o que produzimos. No primeiro caso, os
especialistas alegam que compramos o produto numa moeda estrangeira na maioria
das vezes, mais nem sempre, mais valorizada, encarecendo o produto nas lojas e
prateleiras dos supermercados. É uma alegação em parte aceitável, todavia,
sabemos que, o que impacta mesmo os preços são fatores como a logística
utilizada para disponibilizar os produtos para consumo, os exagerados lucros intermediários,
além é claro, dos exorbitantes e variados impostos incidentes. O que fazer
então? Mais uma vez reforço que não sou um especialista da área, mas é urgente
a meu ver, um estudo técnico de redução de custos na cadeia de suprimentos, desde
a entrada do produto no Brasil até a entrega ao consumidor.
Com
relação ao que produzimos, basta que os ministros da agricultura e economia
desenvolvam estudos relativos aos custos de produção, para concluir que é em
geral exagerado, o preço final de qualquer produto disponibilizado ao
consumidor. Tive o desprazer - porque fiquei chocado, de fazer um exercício do
custo de produção de alguns produtos da cesta básica, e fiquei pasmo com o que
concluí. É muito dinheiro que vai ficando entre os atravessadores, inchando o
preço final dos produtos. Desconheço uma explicação lógica e científica que
justifique os seguintes preços médios: arroz 5kg por 11,79, feijão 1kg por
6,98, óleo 900ml por 8,49, 1l de leite por 2,89, pão variando de 3,99 a 14,89 o
kg, e por aí vai. Não há justificativa plausível para aumento de preços de
produtos produzidos no Brasil, senão decorrente de aumento no custo de
produção; qualquer outra justificativa é arbitrária.
O
que precisamos portanto, é de um governo sério, com foco economicista, voltado
para os mais pobres e necessitados, independentemente de sexo, cor, raça,
ideologia de gênero, etc. Deposito muita confiança no atual governo, que tem
demonstrado sua determinação na proteção dos direitos do trabalhador, no trato
com a coisa pública, dos mais pobres e necessitados, transmitindo confiança de
dias melhores no futuro.
Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com