O movimento dos caminhoneiros, ocorrido no
período de 21 a 30 de maio deste ano, deixou legados importantes, dentre eles
alguns merecem destaque especial por influírem diretamente na qualidade de vida
dos brasileiros e por dependerem de políticas públicas para estudos de
viabilidades. Dentre esses legados, podemos citar: 1) Necessidade urgente de
analisar o sistema modal nacional com o incentivo de outras alternativas para
transporte e escoamento de produtos e produção; 2) Estudo de uma nova matriz
energética capaz de evitar o congestionamento causado pela utilização dos
derivados do petróleo; 3) Qualificar melhor o governo federal na administração
dos modais brasileiros de forma a atender as necessidades do parque industrial
e setor logístico brasileiro. Estudos de especialistas revelam que a
paralização gerou um prejuízo de 75 bilhões de reais aos cofres públicos –
nosso dinheiro.
Ainda hoje, Vez por outra encontro um amigo ou leitor
que me pergunta se os caminhoneiros tinham razão quando reclamavam durante a paralização,
das filas de carros para abastecer nos postos de gasolina, enquanto eles
estavam parados nas estradas aguardando uma decisão do governo com relação a
uma política de frete e redução dos preços abusivos cobrados nas bombas.
Considerando que a paralização a princípio, tinha o objetivo de reduzir os
preços de todos os combustíveis, inclusive a gasolina, julguei de certa forma procedentes
as reclamações dos caminhoneiros. Esse assunto e outros, foram muito explorados
pela mídia através de todos os canais de comunicação, especialmente o whatsapp.
Muitos áudios circularam no whatsapp, mostrando
o verdadeiro lado da paralização, porém muitos mostraram também a infiltração
de terceiros, aproveitadores, sindicalistas e até de políticos em plena
campanha, sem falar das empresas que praticavam locaute. Num desses áudios, o
autor criticou duramente o povo brasileiro por estar enfrentando filas para abastecer
seus carros a gasolina. Não tenho nada contra o direito de cada cidadão de manifestar
sua ideologia política, mas o referido autor certamente não era um dos heróis
caminhoneiros. A paralização foi um movimento justo, apoiado por todos, mas não
podia, por mais justa que fosse, paralisar outros setores produtivos do país e
colocar em risco a democracia, e a proteção da família e da sociedade.
O carro já foi um equipamento de luxo, hoje é
uma realidade. A paralização dos chamados carros de passeio, que não são mais
de passeio, iria gerar a paralização de outras atividades de produção e
prestação de serviços, com prejuízos à manutenção das estruturas da família e
da sociedade. Assim, o fato dos motoristas fazerem filas nos postos para o
abastecerem seus carros a gasolina, bem como correr aos supermercados para
fazer estoque de alimentos, representa a insegurança dos brasileiros com o
sistema, e não uma afronta aos profissionais do volante, que dignamente defendiam
o interesse de todos. O preço dos combustíveis, por sua vez, é atrelado ao
câmbio do dólar, razão pela qual os mesmos são alterados com frequência. Alegam
os especialistas que essa estratégia de correção dos preços é decorrente do
envio do óleo cru para os EUA e seu retorno beneficiado, gerando o custo em
dólar, sendo este custo repassado aos preços dos combustíveis.
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Geraldo Ferreira da Paixão
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com