A economia brasileira tão
conturbada ultimamente, tem um novo capítulo que aumentou a turbulência com o
anuncio das medidas anunciadas pelo ministro Meirelles para o ajuste fiscal de
2017 e 2018. A meta fiscal para 2017 é de um déficit primário de 139 bilhões,
para os quais o governo precisa arrecadar mais 58,2 bilhões além do previsto
para o cumprimento da meta.
Qualquer mudança da meta
fiscal no decorrer do período, além dos prejuízos à economia, demonstra muita
incapacidade do governo não só de planejar, como também de executar este
planejamento, razão pela qual o governo atual não quer lançar mão dessa medida.
O ministro Meirelles culpa a mudança da meta fiscal feita no governo Dilma pelos
buracos do orçamento atual.
Dentre as medidas anunciadas pelo governo Temer
para cumprir o ajuste fiscal de 2017 e a respectiva economia esperada, estão:
1 – Corte de gastos nos
ministérios– 42,1 bilhões;
2 – Aumento de impostos –
10,4 bilhões (já implantada);
3 - Concessão de
hidrelétricas – 10,1 bilhões;
4 - Fim
das desonerações – 4,8 bilhões;
5 – IOF das Cooperativas de
Crédito – 1,2 bilhões.
Para 2018 a meta fiscal
prevista pelo atual governo é de um déficit primário de 129 bilhões, ou seja
menor que a de 2017. Já foram anunciadas três medidas pelo ministro Meirelles:
1ª – Lançamento do PDV para servidores
federais do executivos;
2ª – Adiar o aumento
salarial previsto para janeiro, para cortar gastos;
3ª – Fim do abono salarial.
A expectativa de milhões de
brasileiros por um crescimento da economia de tal forma que as medidas possam
trazer benefícios para todos, especialmente para os trabalhadores é tão grande
que, ao contrário do esperado, a reação da população às medidas implantadas e/ou
anunciadas até o momento, têm sido recebidas com discrição pela população, sem
ríspidos alardes, demonstrando a compreensão e paciência do povo brasileiro.
Geraldo Ferreira da Paixão
Engenheiro e professor
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com
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