Todo dia 20 de novembro, celebramos o Dia Nacional
da Consciência Negra, e é, portanto, uma oportunidade ímpar para que possamos refletir
um pouco mais sobre a inclusão do negro na sociedade brasileira. A data nos
remete ao século 17, mais precisamente no ano de 1695, quando nesse dia foi
morto Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, traído por Antônio Soares, um de
seus capitães. Os quilombos eram fortes no meio da floresta, no Estado de
alagoas, na Serra da Barriga, onde os negros se refugiavam e se protegiam da perseguição
dos patrões, e, para descansarem do trabalho escravo. Esses negros, habitantes
desses quilombos, eram chamados de quilombolas. Os quilombos abrigavam escravos fugitivos dos
maus tratos e castigos dos seus feitores que os acoitavam presos em troncos, ou
em trabalhos pesados, muitas vezes sem água e sem comida, no frio, na chuva e
no sol, sob chicotadas. A escravidão era um sofrimento só, que envolvia toda a família
do escravo, sua mulher, seus filhos e filhas, todos serviam aos patrões e feitores
de todas as formas, inclusive sexualmente.
Ao longo da história, os negros veem sendo
submetidos às mais diversas retaliações, e infelizmente, a escravidão ainda não
acabou, apesar da Lei Áurea. Por essa razão, não podemos perder a oportunidade
de refletirmos sobre o Dia da Consciência Negra e relembrar o sofrimento dos
escravos do passado e do presente, e da importância de sua participação em
todas as atividades da sociedade brasileira. O fim da escravidão no Brasil nos
remete ainda a três fatos históricos; em 1871 foi instituída a Lei do Ventre
Livre, que concedeu liberdade aos filhos dos escravos nascidos a partir daquele
ano; em 1885 foi instituída a Lei do Sexagenário que concedeu liberdade a todos
os escravos com mais de sessenta anos de idade; e, finalmente em 13 de maio de
1888, foi instituída a Lei Áurea. pela Princesa Isabel, concedendo a liberdade
a todos os escravos brasileiros.
Depois de quase 131 anos de emancipação da
escravidão no Brasil, difícil é afirmar que os negros têm a tão sonhada
liberdade. Basta olharmos para o lado, para qualquer atividade ou emprego na
vida brasileira, que vemos a discriminação racial. Os negros são discriminados
no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar onde a sociedade se faz presente.
Já perceberam quando entram num supermercado, num restaurante, no cinema, quando
pedem um taxi, pedem um Uber, vai a uma lanchonete, etc.? Claro, alguma coisa
tem melhorado, como as cotas nas universidades, por exemplo. Mas muita coisa
ainda precisa ser feita para a inserção cada vez maior dos negros na vida brasileira,
o que vai acontecer somente com o tempo, desde que, a sociedade brasileira continue
incentivando cada vez mais sua participação ativa na vida econômica, social e
política.
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Geraldo Ferreira da Paixão
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