O avanço tecnológico tem trazido conforto e qualidade de vida para a
humanidade, porém especialistas afirmam que a aplicação das novas tecnologias está
no limiar de seus benefícios, sendo inimaginável o ranking de crescimento dos
mesmos com o avanço dos processos tecnológicos. Dentre as novas tecnologias com
grande potencial de crescimento, destaco a utilização do drone em várias
atividades da indústria e outras aplicações. Trata-se de um equipamento aéreo controlado
remotamente, e, portanto não tripulado, muito utilizado na área de lazer, mas
também em outras áreas como o agronegócio, construção civil, geração e
transmissão de energia, produção de insumos, transportes diversos e outras. São
chamados também de VANT – Veículo Aéreo não Tripulado e VARP - Veículo Aéreo Remotamente
Pilotado.
Os drones são equipamentos que precisam ser liberados pela ANAC – Agência
Nacional de Aviação Civil para transitar no espaço aéreo. Só em 2019 a ANAC
liberou quase noventa e três mil novos drones e existem cerca de quatrocentos
mil riscando o céu do Brasil. A utilização dos drones em alta escala levou a ANAC
a regulamentar a sua utilização, tendo em vista principalmente, os riscos potencializados
pela sua utilização. Com tecnologia de ponta, esse equipamento vem ganhando
espaço no mercado nacional e internacional. Segundo a FAA - Federal Aviation
Administration, até o final do ano deverá ter nos EUA cerca de sete milhões de drones no ar.
Apesar do crescimento vertiginoso da utilização do drone, há mitos e
verdades sobre sua utilização. Os especialistas insistem em afirmar que esse
equipamento não é mais um simples brinquedo e sua utilização sem o treinamento
e conhecimento adequado pode provocar acidentes graves. O drone profissional
não pode ser operado por menores, sob pena de sansões severas previstas na
legislação. Drones recreativos devem ser pilotados com o acompanhamento de um
piloto habilitado e em área específica. Existem áreas as quais o drone não pode
ser utilizado, seja por questões de segurança ou por restrição local. Normalmente,
todo voo precisa estar devidamente autorizado pelo DECEA – Departamento de
Controle do Espaço Aéreo, exceto voos recreativos em áreas específicas para o
aeromodelismo.
Na área comercial, os drones são aplicados para diversos fins como, por
exemplo, para obtenção de imagens de desastres naturais, inspeções técnicas em
locais de difícil acesso, para a construção civil, para entrega de produtos e
materiais diversos em vários seguimentos como indústria farmacêutica,
automotiva, rural, de medicamentos etc. Apesar do avanço dessa tecnologia, os
riscos da utilização do drone ainda são estudados como, por exemplo, sua queda
sobre pessoas, sobre casas residenciais, indústrias e até a sua utilização para
o crime.
Geraldo Ferreira da Paixão
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geraldoferreiradapaixao@gmail.com