Quando um país
está em crise, é fácil analisa-lo segundo os especialistas, pelos seus números,
e, especialmente pelos resultados e dificuldades da população. São perceptíveis
os desequilíbrios socioeconômicos internos, trazendo à tona problemas até então
desconhecidos. E é, exatamente, o choque com o desconhecido, o impulso indutor
para a sociedade implantar alterações na rotina e aplicar as ações corretivas
necessárias para a sua solução.
Ninguém mais
duvida que o Brasil passa por uma crise social, política e econômica. Enquanto
a crise social se caracteriza pelo abandono aos desamparados, compressão dos
salários etc, na crise política ocorre a descrença da sociedade civil nos
representantes por ela escolhidos, tornando o sistema da gestão pública incapaz
e inoperante. Por outro lado, a crise econômica estuda os processos de
produção, intercâmbio e consumo de bens e serviços, de tal forma a gerar mais
empregos, por exemplo.
Os sinais de que
estamos vivendo plenamente com essas crises estão aí, e batem diariamente em
nossa porta. São recados deixados pelos agentes dessas crises:
- 1% da
população brasileira ganha 36% mais que a renda média da metade mais pobre.
Isso significa que a maioria da população é extremamente pobre, muitos vivendo na
pobreza absoluta, ganhando salário de fome, quase nada – são mais de 13 milhões
de pessoas nesta situação, enquanto a minoria recebe altos salários,
caracterizando o desequilíbrio.
- A renda per-capta
no Brasil em 2017 foi de 1.268,00 seguindo o IBGE, ou seja, pouco mais que 1,35
salários mínimos. Ora, sabemos que a renda per-capta de um povo identifica o
nível de desenvolvimento desse povo, juntamente com o IDH – Índice de
Desenvolvimento Humano. Abaixo o IDH de alguns países. O Brasil, com 0,754
situa-se no 79º lugar no ranking mundial.
Noruega = 0,944
Austrália =
0,836
Suíça = 0,830
Brasil = 0,754;
- O índice de
assassinatos no Brasil é assustador; sete pessoas são assassinadas por hora. A
causa, segundo os especialistas, é a desigualdade, o desemprego – especialmente
entre os jovens, a baixa escolaridade, a urbanização irregular, drogas ilícitas
e armas.
Geraldo
Ferreira da Paixão
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geraldoferreiradapaixao@gmail.com