sexta-feira, 14 de abril de 2017

EDUCAÇÃO - ONDE ESTÁ O INVESTIMENTO?

Matéria publicada no Jornal Vale do aço de jan/2010



Quando concluí uma pós-graduação como docente para nível superior, tive a oportunidade de defender uma monografia sobre a educação brasileira a partir do governo de FHC, e daquele tempo para cá - já se foram cino anos, vou repetir as mesmas coisas que disse na minha monografia: "Enquanto as vagas aumentam nas universidades, a presença de estudantes mais pobres diminui. É importante o aumento de vagas para a democratização do ensino, mas somente 12% dos jovens com idade universitária estão estudando o terceiro grau no Brasil". Hoje, cino anos mais tarde, somente 13% dos jovens brasileiros chegam à universidade e a maioria deles não a termina. Pior ainda, apenas 50% dos adolescentes conseguem matricular-se no ensino médio e da mesma forma, a maioria não termina. Que país é este? Onde está a busca pelo conhecimento? Alguém ainda acha que vamos crescer? Talvez sim, como rabo de cavalo.

É sabido que a educação é a base de sustentação de qualquer país em desenvolvimento. Assusta-me hoje, quando autoridades políticas brasileiras afirmam que dentro de 10, pasmem 10 anos, o Brasil será a 5ª maior potência do mundo. Não o será se não mudar a forma de tratar a educação neste país. Como é possível que um país com reservas suficientes para empréstimos ao próprio FMI, não tenha recuros suficientes
para investir nos seus jovens? Porque não investir o necessário no saber, na educação, na busca constante do conhecimento científico? É dificil entender então, as razões pelas quais investimos apenas 5% do PIB em educação, o que é muito pouco para quem diz que valoriza tanto o povo brasileiro.

por outro lado, como o mercado exige cada vez mais mão de obra especializada e qualificada e a riqueza depende da capacidade de geração de conhecimentos, há a necessidade emergente de atuação do MEC no sentido de aumentar o índice de participação de jovens com idade universitária no contingente dos estudantes do ensino superior brasaileiro, daí a necessidade de mais investimentos.

Segundo o economista Gustavo Ioschpe, em seu livro A Ignorância Custa um Mundo (W11 Editores), enquanto tivermos uma educação péssima, o Brasil continuará condenado ao atraso. Ele sugere a criação da Lei de Responsabilidade Educacional, com mudanças na forma como o dinheiro para a educação seria distribuído aos municípios – receberia mais quem tivesse melhor desempenho, não o maior número de matriculados. Segundo o cientista, quando se compara o nível de educação daqueles que estão em idade universitária no Brasil com os dos países desenvolvidos, o nosso atraso é de várias ordens de grandeza. Tal situação passa a ser preocupante, uma vez que, num curto espaço de tempo, nossa força de trabalho não estará preparada para competir de igual para igual com este mundo.

Vamos olhar de baixo para cima e não de cima para baixo; lá está a China, investindo alto nos jovens, milhares para fora do país todos os anos em busca de conhecimentos que serão aplicados no futuro para o engrandecimento do país. Este sim, é um país favorito a uma vaga entre as cinco maiores potencias do mundo nos próximos 10 anos.

Geraldo Ferreira da Paixão
Engenheiro e professor
E-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

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