O conflito sírio iniciado em
janeiro de 2011 está longe de um final feliz. Se de um lado as forças de Assad,
presidente do país, insistem na manutenção do sistema que regula e estrangula a
democracia, do outro, a sociedade se manifesta de forma incisiva, com o
objetivo de derrubar o presidente. No
poder desde 2000, ou
seja, há mais de 13 anos, Assad recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder
por mais de 30 anos.
A revolta do
povo sírio começou no final de 2010 com o exemplo da derrubada do ditador
tunisiano Mubarak na
chamada Primavera Árabe, movimento
que incentivou vários outros países a fazer o mesmo – como, por exemplo, o
Egito. Com o tempo, o conflito sírio deixou de ser só político e chegou às vias
de fato com o governo reagindo, usando o exército, enquanto os grupos da
oposição se armavam para combater o governo. O
conflito vem se arrastando nos últimos três anos e já deixou pelo menos 130
mil mortos e destruiu toda a infraestrutura do país. As partes envolvidas e a comunidade
internacional tentam fazer estabelecer em conjunto os termos para paz, mas
encontram grande dificuldade.
Se de um lado os EUA apoiam os rebeldes, por outro os
russos e chineses apoiam o governo do ditador Assad o que dificulta as
negociações da ONU para um acordo de paz na região. A guerra civil aumenta de
proporção à medida que ganha adeptos
internacionais. Apoio logístico, de treinamentos, fornecimento de armas
e munições, de guerrilheiros e outros contribuem para o crescimento da guerra.
Enquanto isso, a população assustada tenta fugir do país. Mais de 2 milhões o deixaram
em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre esses
países. Até agora cerca de quatro milhões de sírios tiveram ainda que se
deslocar internamente devido aos combates.
O que se espera é que esse conflito que já matou
milhares de pessoas, entre elas crianças e idosos termine o mais rápido
possível. Para isso, espera-se mais sensibilidade das autoridades e da ONU no
sentido de abrirem as negociações para a paz na região.