terça-feira, 21 de março de 2017

A LUTA NÃO PODE SER EM VÃO

O Social FC de Coronel Fabriciano vem fazendo uma campanha primorosa este ano no Campeonato Mineiro. Conheço este clube como ninguém porque tive na minha juventude a oportunidade de jogar nele de 14 a 21 anos de idade, daí a minha grande admiração pelo Social, não só pelo que representa para a cidade e região, mas também porque foi o primeiro time profissional com o qual me identifiquei, não perdendo desde então, qualquer partida no Estádio Luiz Ensch.
O Social foi o terceiro clube profissional do Vale do aço – os dois primeiros foram Usipa e Acesita EC. Por último foi o Ipatinga FC. Ainda muito novo cheguei nesta terra e muitos falavam que eu jogava bola, logo me mandaram para o Social. Joguei no juvenil, juniores e no amador. Só saí de lá quando fui trabalhar na Usiminas em 1967. Aí comecei a jogar nos clubes de Ipatinga quando podia, uma vez que o futebol passou a ser uma segunda opção – estudava em Valadares e esta era então a minha prioridade.
Como analista de futebol não poderia deixar de externar meu ponto de vista sincero sobre esta campanha maravilhosa do Social, que muito me envaidece e me enche de orgulho - certamente o levará à elite do futebol mineiro em 2008. Um resultado como este, entretanto, precisa ser tido e visto pela diretoria como um passo gigantesco que representa o esforço de todos e não admite retrocesso. O Ipatinga é um bom exemplo, que precisa ser copiado.
O Social FC foi fundado em 01/10/1944, isto é, está prestes a completar 74 anos. O clube manteve-se como amador até a década de 80, tendo uma medíocre participação pela primeira vez no Campeonato Mineiro da 2ª divisão em 1985. Permaneceu desativado até 1995 quando decidiu então disputar novamente o Campeonato Mineiro da 3ª divisão, sagrando-se campeão da temporada. Em 96 disputou a 2ª divisão sagrando-se também campeão mineiro. Em 1997 sob o comando de José Ângelo, o  “Preca”, o Social terminou a campanha em 4º lugar. Participou também do Campeonato brasileiro da Série C daquele ano, tendo sido desclassificado na 2ª fase. Em 1998 ficou em 8º lugar na classificação geral do Campeonato Mineiro. Em 99 foi rebaixado para a segunda divisão.  Disputou novamente a 2ª em 2000, 2001 e 2002, obtendo-se o 9º, 5º e 2º lugar respectivamente na classificação geral.
Em  2003 sob o comando de Luciano Pascoal o clube se manteve na 1ª divisão, porém em 2004 foi rebaixado para a 2ª divisão, tendo disputado o campeonato mineiro de 2005 e 2006 sem entretanto, obter os resultados esperados. Em 2007 sob o comando de Moacir Junior o clube voltou a disputar a 2ª divisão estando muito próximo da classificação novamente para o grupo de elite do futebol mineiro. A 1ª divisão não é, portanto, uma novidade para o Social.
Muitos dizem que perder faz parte do jogo. Na verdade, o bom desportista jamais  deve se contentar com o segundo lugar ou simplesmente entrar para competir. Por isso, o Social neste momento de glória, precisa levantar a cabeça e trabalhar grande para que a auto-estima de todos nunca seja vencida. Vencer sempre tem que ser o lema, não se contentando jamais com a derrota – aceitar a derrota sim, mas contentar com ela, jamais. O retorno à divisão anterior tem que ser considerado uma derrota imperdoável   daqui pra frente, com conseqüências desastrosas  para o clube e seus torcedores. Vamos lá, Saci!

Obs: Matéria publicada no Jornal Vale do Aço em jul/2007


Geraldo Ferreira da Paixão – engenheiro eletricista e eletrônico – pós graduando em Docência do Ensino Superior pela UNILEST – Coronel Fabriciano - MG.
e-mail: geraldoferreiradapaixao@gmail.com

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